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As empresas Atlas Quantum e Atlas Project International terão que pagar R$ 22,1 milhões cada por operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários.
Na quarta-feira (22), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), anunciou ter multado os envolvidos na Atlas Quantum – uma pirâmide financeira de criptomoedas, em R$ 55,8 milhões por prática de crimes contra o sistema financeiro nacional.
De acordo com informações, Rodrigo Marques dos Santos, um dos fundadores da Atlas Quantum, também recebeu uma multa de R$ 11,05 milhões por operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários e, ao mesmo tempo, outra de R$ 85 mil por embaraço a fiscalização.
A Atlas Quantum e Atlas Project International irão receber uma penalidade de R$ 22,10 milhões cada uma por operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários. Por atrapalhar a fiscalização, o valor aplicado foi de R$ 170 mil para ambas. Para a antiga empresa parceira da Atlas, a Anubistrade Investments, a punição será de R$ 170 mil, por ter sido condenada por embaraço à fiscalização.
Em investigação, foi informado que as ofertas da corretora de criptomoedas para investidores, apresentavam características comuns de golpes e fraudes. Dentre elas, estavam as promessas de rentabilidade muito superior aos investimentos tradicionais, com baixo risco. Além disso, alega a CVM, os acusados também criaram embaraços à fiscalização.
“A divulgação contínua de informações falsas sobre a rentabilidade e desempenho das aplicações, juntamente com uma aparência enganosa de busca por uma situação de regularidade, visava enganar os investidores enquanto fosse possível”, disse o diretor da CVM, Daniel Maeda, relator do caso.
Sobre a Atlas Quantum
A Atlas Quantum foi fundada em 2018, em São Paulo. O esquema Ponzi envolvia principalmente operações que supostamente compravam e vendiam Bitcoin em plataformas diferentes, mas sempre com ganhos.
Em agosto de 2019, a CVM, suspendeu a empresa de ofertar os produtos e determinou uma multa de R$ 100 mil ao dia, em caso de descumprimento da determinação judicial. Dois meses depois, a Atlas Quantum parou de repassar os supostos lucros aos clientes. Entretanto, até hoje as vítimas nunca foram ressarcidas, o que fez com que a empresa virasse alvo de centenas de processos judiciais em todo o Brasil. Só em São Paulo, segundo dados dos tribunais de justiça, há cerca de 730 ações civis. Santos, fundador do esquema, sumiu do Brasil. O caso também está sendo discutido na Justiça.
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