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- A operadora aérea Azul (AZUL4) confirmou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que está explorando diversas opções para otimizar sua estrutura de capital
- A empresa, contudo, está considerando captar até US$ 800 milhões por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e utilizando a Azul Cargo como garantia
- Na semana passada, o jornal Valor noticiou que a Azul enfrenta a necessidade de novos aportes financeiros para evitar uma possível recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11)
A operadora aérea Azul (AZUL4) confirmou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que está explorando diversas opções para otimizar sua estrutura de capital. Dessa forma, conforme o plano de otimização do ano passado. A empresa está considerando captar até US$ 800 milhões por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e utilizando a Azul Cargo como garantia.
Na semana passada, o jornal Valor noticiou que a Azul enfrenta a necessidade de novos aportes financeiros para evitar uma possível recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11).
No entanto, a companhia aérea afirmou que ainda não tomou nenhuma decisão definitiva sobre a modalidade de captação, pois as negociações estão em andamento.
Azul
A Azul Linhas Aéreas é uma companhia aérea brasileira, fundada em 2008. É conhecida por oferecer voos nacionais e internacionais, com uma vasta rede de destinos dentro do Brasil e em vários países. A Azul, portanto, se destaca por sua ampla malha aérea, incluindo voos para cidades menores e regiões menos atendidas por outras companhias aéreas. Além disso, a empresa é reconhecida pelo seu compromisso com a inovação e a qualidade do atendimento ao cliente. A Azul também opera uma divisão de carga, a Azul Cargo, que oferece serviços de transporte de mercadorias.
Azul se torna figura na ponta negativa do Ibovespa
Após rumores de uma recuperação judicial, a companhia tenta sanar problemas relativos ao seu endividamento.
A Azul divulgou o se resultado trimestral recentemente, registrando uma dívida bruta de R$ 28,1 bilhões – representando um crescimento de 15% ante os R$ 24,3 bilhões vistos ao fim do trimestre imediatamente anterior.
No caso da dívida líquida, a Azul já soma R$ 24,6 bilhões, crescimento de 18% ante os R$ 20,8 bilhões vistos no fim do 1T24.
Após registrar um resultado negativo, alguns rumores de uma recuperação judicial ou oferta de ações surgiram como caminhos para a companhia sanar problemas relativos ao seu endividamento.
“Em comparação com o 1T24, a dívida bruta aumentou R$3.722,6 milhões para R$28.106,7 milhões, principalmente devido à depreciação de 11,7% no final do período do real em relação ao dólar americano no trimestre, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira, além da emissão de debêntures locais, parcialmente compensados pelo nosso processo contínuo de desalavancagem com R$ 1,5 bilhão em amortização de dívidas e arrendamento”, disse a empresa.
Desde o início deste ano de 2024, os papéis da Azul já somam uma desvalorização de 61%, sendo negociados abaixo de R$ 6 atualmente.
Ações da Azul desabam 25%; empresa cogita pedir RJ nos EUA
Na última quinta-feira (29), às ações da Azul registraram uma queda de quase 25%. De acordo com dados da bolsa de valores, os papeis chegaram a ser negociados por R$ 5,40, alcançando o menor patamar já registrado nos últimos anos.
O desempenho veio juntamente da notícia de que a companhia avalia opções para renegociar suas dívidas. Em último balanço divulgado pela propria Azul, o nível de alavancagem subiu para 4,5 vezes, uma alta importante em relação ao trimestre anterior, quando reportou 3,7 vezes.
Nos últimos meses, muito se falou em uma possível fusão da Gol e Azul por meio da compra de ações de acionistas de referência. As duas empresas até chegaram a firmar um acordo de compartilhamento de voos domésticos.
A Recuperação Judicial não é bem uma novidade para companhias aéreas que operam na América Latina.
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