Continua após o anúncio
Após rumores de uma recuperação judicial, a companhia tenta sanar problemas relativos ao seu endividamento.
A Azul divulgou o se resultado trimestral recentemente, registrando uma dívida bruta de R$ 28,1 bilhões – representando um crescimento de 15% ante os R$ 24,3 bilhões vistos ao fim do trimestre imediatamente anterior.
No caso da dívida líquida, a Azul já soma R$ 24,6 bilhões, crescimento de 18% ante os R$ 20,8 bilhões vistos no fim do 1T24.
Após registrar um resultado negativo, alguns rumores de uma recuperação judicial ou oferta de ações surgiram como caminhos para a companhia sanar problemas relativos ao seu endividamento.
“Em comparação com o 1T24, a dívida bruta aumentou R$3.722,6 milhões para R$28.106,7 milhões, principalmente devido à depreciação de 11,7% no final do período do real em relação ao dólar americano no trimestre, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira, além da emissão de debêntures locais, parcialmente compensados pelo nosso processo contínuo de desalavancagem com R$ 1,5 bilhão em amortização de dívidas e arrendamento”, disse a empresa.
Desde o início deste ano de 2024, os papéis da Azul já somam uma desvalorização de 61%, sendo negociados abaixo de R$ 6 atualmente.
Ações da Azul desabam 25%; empresa cogita pedir RJ nos EUA
Na última quinta-feira (29), às ações da Azul registraram uma queda de quase 25%. De acordo com dados da bolsa de valores, os papeis chegaram a ser negociados por R$ 5,40, alcançando o menor patamar já registrado nos últimos anos.
O desempenho veio juntamente da notícia de que a companhia avalia opções para renegociar suas dívidas. Em último balanço divulgado pela propria Azul, o nível de alavancagem subiu para 4,5 vezes, uma alta importante em relação ao trimestre anterior, quando reportou 3,7 vezes.
Nos últimos meses, muito se falou em uma possível fusão da Gol e Azul por meio da compra de ações de acionistas de referência. As duas empresas até chegaram a firmar um acordo de compartilhamento de voos domésticos.
A Recuperação Judicial não é bem uma novidade para companhias aéreas que operam na América Latina.
Até o momento, a Azul não emitiu nota oficial sobre o assunto.
Azul (AZUL4) registra prejuízo ajustado de R$ 744 mi no 2T24
A Azul (AZUL4) apresentou um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões no segundo trimestre. Dessa forma, refletindo um aumento de 31,3% em relação à perda registrada no mesmo período do ano anterior. Esse resultado negativo foi impulsionado por uma queda no desempenho operacional da companhia. Isto, além de um impacto significativo decorrente da variação cambial. Conforme divulgado pela companhia aérea nesta segunda-feira.
Em resposta a esse cenário desafiador, a Azul revisou suas projeções de desempenho para o ano. Assim, reduzindo as expectativas tanto para o crescimento da oferta quanto para Ebitda. A nova previsão indica que a oferta deve crescer 7% em 2024. Isto, em comparação à estimativa anterior de 11%. Além disso, a empresa ajustou a expectativa para o Ebitda de cerca de R$ 6,5 bilhões para um valor acima de R$ 6 bilhões.
A companhia também ampliou sua estimativa de alavancagem. Esta, que passou de cerca de 3 vezes para aproximadamente 4,2 vezes.
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.