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Bancos Centrais impulsionam corrida do ouro global

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  • Estudo recente publicado pelo portal Neofeed revela crescimento na compra de ouro pelos bancos centrais.
  • Em 2023, bancos centrais adicionaram 1.037 toneladas de ouro às reservas, a segunda maior compra da história.
  • 29% dos bancos centrais planejam aumentar suas reservas de ouro nos próximos doze meses.
  • Previsão de que 60% dos bancos centrais em economias desenvolvidas aumentarão a participação do ouro nas reservas globais nos próximos cinco anos.
  • Participação do dólar nas reservas globais excluindo ouro caiu para aproximadamente 55% no ano passado, sinalizando maior diversificação de ativos.
  • Ouro está negociado atualmente acima de US$ 2.340 por onça-troy, refletindo seu status como refúgio em tempos de incerteza econômica.
  • Estudo destaca o papel crucial do ouro na promoção da estabilidade financeira global pelos bancos centrais.
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Um estudo recente publicado pelo portal Neofeed, com dados da World Gold Council, revela uma tendência robusta nos mercados globais: uma crescente corrida do ouro, contrariando expectativas de declínio para o metal precioso em face de outros ativos. Segundo o relatório, em 2023, os bancos centrais adicionaram significativas 1.037 toneladas de ouro às suas reservas, marcando a segunda maior compra anual da história, logo após o recorde de 1.082 toneladas em 2022.

A pesquisa, que consultou 70 bancos centrais entre fevereiro e abril deste ano, indica que 29% deles planejam aumentar suas reservas de ouro nos próximos doze meses, o maior índice desde o início da pesquisa em 2018. Motivados pelo desejo de reequilibrar estrategicamente suas reservas diante de riscos crescentes de crise e inflação, os bancos centrais estão revendo suas estratégias de alocação de ativos.

O estudo também revela uma mudança significativa: cerca de 60% dos bancos centrais em economias desenvolvidas preveem um aumento na participação do ouro em suas reservas globais nos próximos cinco anos, comparado a 38% em 2023. Paralelamente, aproximadamente 13% planejam ampliar suas reservas já em 2025, o maior nível desde o início da série histórica, refletindo uma visão otimista de longo prazo sobre o papel do ouro como ativo de reserva seguro.

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Enquanto isso, a participação do dólar nas reservas cambiais globais, excluindo o ouro, tem declinado consistentemente, caindo de mais de 70% em 2000 para aproximadamente 55% no ano passado, conforme dados do Fundo Monetário Internacional. Incluindo o ouro, essa fatia diminui para menos da metade, destacando a crescente diversificação dos ativos pelos bancos centrais.

Essa nova dinâmica no mercado do ouro ocorre em um contexto de aumento significativo no preço do metal, atualmente negociado acima de US$ 2.340 por onça-troy, próximo do pico de US$ 2.460 registrado nos últimos 12 meses. Em 2024, o ouro atingiu 26 recordes de preço, reforçando sua atratividade como um refúgio em tempos de incerteza econômica global.

A pesquisa da World Gold Council sublinha não apenas a resiliência do ouro como reserva de valor, mas também o papel crescente dos bancos centrais na promoção da estabilidade financeira global através da diversificação estratégica de ativos.

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