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A Blau Farmaceutica (BLAU3) tornou-se vencedora da licitação de medicamento promovida pelo governo federal nesta semana. A farmacêutica brasileira passará a fornecer a alfapoetina com exclusividade para a rede pública, em um contrato que irá gerar R$ 248 milhões em faturamento. As informações são do Brazil Journal. A companhia conquistou todos os cinco lotes que o Ministério da Saúde ofertou a um preço médio de R$ 18,48. O valor é ligeiramente superior à concorrência aberta no ano passado – que foi de R$ 17,51.
O medicamento é destinado a casos de anemia associada à insuficiência renal crônica, desse modo incluindo pacientes que estão em tratamento por meio de diálise.
Assim, a alfapoetina respondeu por cerca de 15% do faturamento da Blau em 2021. A empresa é a líder neste mercado no País, com um share de 85%. O medicamento é fornecido basicamente pelo SUS.
Ademais, a licitação saiu a um preço médio R$ 0,97 acima do ano passado, que foi de R$ 17,51. Segundo um gestor, o governo pode aditar o contrato de 2021 e fazer uma nova compra de até 25% do volume licitado.
“Como o preço do ano passado foi inferior ao deste ano, é de se esperar que o governo faça a compra adicional, o que poderá gerar uma receita extra para a Blau ainda este ano,” disse este investidor. “Na nossa visão, o resultado é bastante positivo para a Blau, uma vez que já irá garantir uma parte relevante do crescimento esperado para 2023,”
O comentário é do analista Vinicius Figueiredo, do Itaú BBA, que tem um preço-alvo de R$ 42 para o papel.
O desempenho no 2T22
A fabricante de medicamentos Blau Farmacêutica (BLAU3) registrou lucro líquido de R$ 112 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), desempenho 13% superior ao registrado em igual etapa de 2021, informou a empresa nesta noite de segunda-feira (1).
Desse modo, olucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 20% no 2T22, totalizando R$ 121 milhões.
No entanto, segundo a Blau, o resultado foi impactado pela desaceleração do crescimento da receita, aliado ao crescimento de custos devido à inflação do período.
Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 33% entre abril e junho, baixa de 7,5 p.p. frente a margem registrada em 2T21.
A receita líquida somou R$ 365 milhões no segundo trimestre deste ano, um recuo de 1% na comparação com igual etapa de 2021.
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