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- A BP, contudo, anunciou um aumento nos dividendos e a extensão de seu programa de recompra, após divulgar um lucro de quase 2,8 bilhões de dólares no 2T24
- Esse resultado, 9% acima das previsões, reflete um cenário de preços de petróleo mais elevados
- O lucro trimestral, que se compara aos 2,7 bilhões de dólares do trimestre anterior
A BP anunciou um aumento nos dividendos e a extensão de seu programa de recompra de ações, após divulgar um lucro de quase 2,8 bilhões de dólares no segundo trimestre de 2024. Assim, superando as expectativas do mercado. Esse resultado, 9% acima das previsões dos analistas, reflete um cenário de preços de petróleo mais elevados. E um desempenho sólido no setor de varejo, que compensaram as fraquezas observadas no segmento de refino.
O lucro trimestral, que se compara aos 2,7 bilhões de dólares do trimestre anterior e aos 2,6 bilhões de dólares do mesmo período do ano passado, representa uma recuperação significativa para a BP. Este desempenho financeiro positivo é particularmente importante para o CEO Murray Auchincloss. Que assumi, portanto, o cargo em janeiro e enfrenta o desafio de restaurar a confiança dos investidores após a empresa não atingir as expectativas nos dois trimestres anteriores.
Auchincloss, de 53 anos, tem buscado reestruturar as operações da BP com foco nas unidades mais lucrativas. Especialmente nos setores de petróleo e gás. Em um movimento que indica uma mudança de direção, a BP se afastou da estratégia de Bernard Looney de priorizar energias renováveis e reduzir combustíveis fósseis. A BP, por sua vez, autorizou o desenvolvimento do complexo campo petrolífero Kaskida, localizado no Golfo do México, EUA. O projeto, localizado em formações geológicas profundas, deve começar a produzir em 2029, com uma capacidade estimada de 80.000 barris de petróleo por dia.
Desenvolvimento de projetos
Além disso, a BP anunciou que avançará com o desenvolvimento de um projeto de hidrogênio de baixo carbono em sua refinaria de Castellon, na Espanha. Demonstrando seu compromisso com a transição energética. A BP planeja cortar seus custos anuais em 2 bilhões de dólares até o final de 2026, segundo apresentação de Murray Auchincloss aos analistas.
Essas iniciativas, no entanto, refletem a estratégia da BP de equilibrar a necessidade de manter a lucratividade em seus negócios tradicionais de combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo em que investe em novas tecnologias e, contudo, em fontes de energia mais sustentáveis.
A BP aumentou seus dividendos para 8 centavos por ação, cumprindo as expectativas dos analistas. E, dessa forma, manteve seu programa de recompra de ações em 1,75 bilhão de dólares para os próximos três meses, comprometendo-se a comprar um total de 14 bilhões de dólares em ações até o próximo ano.
A empresa
A BP (anteriormente conhecida como British Petroleum) é uma das maiores empresas de energia do mundo, com sede em Londres, Reino Unido. Fundada em 1909, a BP opera em diversos segmentos do setor energético, incluindo exploração e produção de petróleo e gás natural, refino, distribuição, e comercialização de produtos petrolíferos, além de investimentos em energias renováveis como eólica, solar e biocombustíveis. A empresa, contudo, é uma das “supermajors” do setor, um termo que se refere às seis maiores empresas de petróleo e gás do mundo. A BP está presente em vários países e é conhecida por sua marca e operações globais.
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