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Hidrogênio verde: Banrisul aposta em linhas de crédito para descarbonização

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O presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho, palestrou no South Summit Brazil, em Porto Alegre, nesta sexta-feira (31), sobre um tema de relevância econômica, social e ambiental: o hidrogênio verde. Atualmente, 84% da matriz energética gaúcha corresponde a fontes renováveis e o Rio Grande do Sul tem potencial para ampliar seus parques eólicos e solares.

“Observem que, para fabricação de hidrogênio verde, é necessário ter energia renovável, ou seja, é um potencial gaúcho, que poderá acrescentar até R$ 62 bilhões ao PIB. O Banrisul vai acompanhar essa tendência, permitindo acesso a linhas de crédito que fomentem a descarbonização”, pontuou Coutinho, no painel denominado Mudanças climáticas, hidrogênio verde e inovação para avanços em desenvolvimento sustentável, ministrado na Arena Stage.

O tema tem total atenção do Governo do Estado, já que o hidrogênio verde tem utilidade em diversos segmentos, como indústria, agronegócio, transporte marítimo e aéreo. Por meio do programa Avançar na Sustentabilidade, já foram investidos R$ 5 milhões. Há expectativa de geração de 41 mil novos empregos até 2040. Além disso, a Europa será uma grande consumidora dessa commoditie, que representa uma alternativa já consolidada na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

“O principal papel do Banrisul é estimular o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. Por isso, disponibilizamos para os empreendedores — que querem fazer investimentos em hidrogênio verde — linhas de crédito compatíveis com o retorno dos investimentos. Temos acesso não só a linhas brasileiras, de mercado, mas também às do BNDES e da Finep, que oferecem prazos e condições diferenciadas”, salientou o presidente.

Banrisul avança na pauta sustentável

Ainda em 2023, será lançada uma agenda de compromissos do Banrisul, com pilares macro para a área. A instituição impulsiona uma economia de baixo carbono, acompanhando a pauta do Governo do Estado e também a meta climática da Agenda 2030 da ONU. A instituição foi recentemente classificada com o Selo Ouro do GHG Protocol e firmou parcerias com setores da economia, a exemplo da Operação 360 para ampliar a produtividade rural.

Além do processo de transição energética, que já iniciou e vai abranger cerca de 500 agências, a instituição opera com um novo Data Center, alinhado ao que existe de mais recente em tecnologia sustentável. Coutinho também detalhou a institucionalização de uma área exclusiva para liderar avanços neste tema, com a criação da Gerência de Sustentabilidade, setor diretamente ligado à presidência.

“Internamente, também seguimos uma política de gestão de resíduos sólidos e o programa de eficiência energética, que prevê a substituição de todos os equipamentos do parque de refrigeração da instituição financeira em até cinco anos. Já no campo social, temos engajamento nas áreas de saúde, esporte, educação e trabalho, além da agricultura familiar e municípios”, lembrou o presidente.

Ambiente antifrágil a escassez hídrica

Durante a tarde, o diretor de Crédito do Banrisul, Osvaldo Lobo Pires, participou do painel Oportunidades na construção de um ambiente antifrágil a escassez hídrica. A programação também integrou o South Summit Brazil e contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo; e do superintendente do Senar/RS, Eduardo de Mércio Condorelli.

“A estiagem é um assunto que precisa ser abordado com planejamento e união de todos os setores. O Banrisul está presente em todas as regiões, com capilaridade. Conhecemos a realidade, especialmente das propriedades do Interior do Estado, e sabemos que há meios de amenizar os riscos. No caso do Banrisul, temos fortalecido safra após safra as linhas de crédito voltadas à irrigação. A tecnologia também é uma grande aliada e queremos estimular cada vez mais o ambiente inovador no campo”, concluiu.

Taís Dihl – Critério Resultado em Opinião Pública