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As vendas de carros elétricos estão estagnadas nos Estados Unidos e na Europa.
Durante os últimos meses, as vendas de carros elétricos estão estagnadas nos EUA e na Europa.
Segundo informações, o elevado preço de aquisição e a incipiente infraestrutura de recarga das baterias têm feito os consumidores rejeitarem esses modelos, fazendo com que os portos fiquem cheios de veículos que não foram comercializados, em especial de fabricantes chineses.
Alguns fabricantes chineses só retiram os carros elétricos das docas após a venda para o consumidor final, de acordo com a notícia do jornal Financial Times.
Determinados portos só estão recebendo novos lotes mediante a apresentação de documentação que comprove a destinação futura dos veículos.
Mercadante sugere impostos mais severos sobre carros elétricos
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, sugeriu aumentar a alíquota do Imposto de Importação para carros elétricos. E defendeu a necessidade de expandir os investimentos chineses no Brasil. Mercadante enfatizou que, dada a limitação fiscal do país em comparação com os Estados Unidos, é crucial utilizar o crédito. Isto, de forma estratégica em áreas prioritárias.
O governo brasileiro está focado em promover a produção de veículos eletrificados no país, buscando atrair investimentos para o setor. Em julho, o governo aumentou a alíquota de importação para carros elétricos de 10% para 18%, com previsão de novos aumentos graduais até alcançar 35% em julho de 2026. Mercadante também destacou que as importações de carros elétricos cresceram 440% neste ano, refletindo o crescente interesse por essa tecnologia no mercado nacional.
Durante o evento de celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, Mercadante afirmou: “Estamos estabelecendo alíquotas e, se dependesse de mim, as alíquotas seriam mais severas. Cotas foram dadas. Você não pode romper uma relação bilateral, ainda mais com um país amigo como é a China.”
MAIS IMPOSTOS: GOVERNO LULA ESTUDA TAXAR MULTINACIONAIS
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (26) que o Brasil está avaliando a implementação de um imposto sobre empresas multinacionais que operam no país. A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) aprovou a proposta em 2021, e diversos países têm debatido sua implementação. Segundo o acordo da OCDE, o imposto global deve ter uma alíquota mínima de 15%.
“O Brasil está estudando essa matéria. A menos que haja uma reversão rápida do quadro e nós possamos assinar essa convenção imediatamente”, afirmou o ministro. Segundo Haddad, a medida ainda não foi internalizada por todos os países.
“Isso não impede os países individualmente de tomar providências domésticas, do ponto de vista de soberania tributária, para corrigir essas distorções”, acrescentou, ao citar Espanha e Itália como exemplos.
“A melhor solução é a pactuada — se for consensual é melhor, porque é mais eficiente. Mas os países vão acabar tomando providências independentemente de haver consenso ou não para proteger suas economias e garantir justiça tributária”, completou.
Embora o Brasil não seja membro da OCDE, apoiou o documento de 2021.
“É uma grande vitória do Brasil, da diplomacia brasileira e da comunidade internacional. É um avanço bastante significativo, nós sempre estivemos otimistas a respeito desse resultado, mas superou nossas expectativas iniciais”, destacou Haddad.
Durante os encontros do G20, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, convidou novamente o Brasil para se juntar ao grupo.
“Não vai ser um governo ou outro que vai definir o destino dessa ideia. Vai definir o ritmo de adoção, não o fim do processo, uma construção social que independe de governos, na minha opinião” afirmou.
Para Haddad, “a concordância do G20 em torno do tema já é motivo suficiente” de comemoração.
“Se a ideia ganhar público na sociedade civil, sobretudo diante da crise climática e da desigualdade no mundo, vai se viabilizar. Só o fato de constar numa declaração do G20 é uma coisa que eu garanto que poucos consideravam possível. Consta num documento oficial das 20 nações mais ricas do mundo. Se não acontecer mais nada, já aconteceu muita coisa”, completou.
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