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País é o quinto do mundo na classificação de edifícios sustentáveis
Um novo relatório do United States Green Building Council, criador do sistema LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental) de classificação de edifícios sustentáveis, apontou que o Brasil é o quinto país com mais ativos imobiliários certificados no mundo, ficando atrás apenas da China, Canadá e Índia, demonstrando o foco crescente da indústria no design verde.
As descobertas do levantamento indicam que cada vez mais empresas do setor da construção civil estão reconhecendo a importância de usar o design e a engenharia para reduzir a pegada de carbono ( volume total de gases de efeito estufa gerado pelas atividades econômicas e cotidianas do ser humano), o uso de água e o desperdício nos projetos.
Atualmente, há pouco mais de 1,5 mil construções sustentáveis em território brasileiro, sendo 641 delas certificadas. “Essa já é uma tendência, inclusive do consumidor. Por isso, áreas específicas do design verde estão sendo implementadas de forma natural, mas precisamos ir além”, explica Bruno Fabbriani, CEO da Incorporadora BFabbriani, que tem como foco empreendimentos com itens de sustentabilidade em Santa Catarina.
Fabbriani ressalta que, hoje, é comum projetos serem elaborados em torno de sistemas de eficiência energética, pensados especificamente no uso da luz natural, com janelas inteligentes e mais consciência sobre a importância do aquecimento e ventilação. Porém, outros fatores estão ganhando força, como a redução do desperdício de água, tratamento correto de esgoto e até mesmo a aquisição de materiais com menor teor de carbono.
Para o executivo, isso não é surpreendente, uma vez que as empresas de construção já identificaram benefícios comerciais significativos do uso de design e engenharia sustentáveis. “Projetos concebidos com credenciais verdes dão uma vantagem competitiva e agregam valor aos empreendimentos. Por isso, essa é uma vertente que deve ganhar mais força a cada ano”, diz.
Mas, apesar da crescente importância dada pela indústria à sustentabilidade e das medidas que estão sendo implementadas, existem certos desafios que Fabbriani acredita que podem ser um entrave para expansão do segmento nesse sentido. “Toda a cadeia de suprimentos de insumos de construção para reduzir o carbono precisa melhorar, por exemplo. Além disso, a falta de materiais alternativos com menor pegada de carbono também é uma barreira significativa a ser superada. É preciso mais investimento para alternativas sustentáveis em todo o processo para que se possa, de fato, continuar avançando”, conclui.
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