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- O rascunho de acordo da COP29 propõe que países desenvolvidos liderem com um financiamento de US$ 250 bilhões por ano até 2035 para combater as mudanças climáticas
- O acordo busca alcançar uma meta mais ampla de US$ 1,3 trilhão anualmente até 2035, englobando fontes públicas e privadas de financiamento climático
- Negociadores expressam preocupações sobre o alto custo do acordo e a falta de estratégias para ampliar a base de países contribuintes, com o fim das negociações programado para esta sexta-feira
A presidência da COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, divulgou na sexta-feira, 22 de novembro, um rascunho de acordo que estabelece uma meta ambiciosa de US$ 250 bilhões anuais até 2035 para o financiamento climático dos países desenvolvidos. Esse valor faria com que as nações mais ricas do mundo assumissem um papel central na contribuição para mitigar os impactos das mudanças climáticas, ajudando os países mais pobres a enfrentar o aumento das catástrofes ambientais e a promover a transição para economias de baixo carbono.
Meta de US$ 250 bilhões e um objetivo maior
O rascunho do acordo de financiamento climático propõe que as nações desenvolvidas liderem o esforço global, comprometendo-se a fornecer 250 bilhões de dólares por ano até 2035. Esse montante, considerado vital para o sucesso das estratégias globais contra as mudanças climáticas, seria destinado a apoiar países em desenvolvimento em sua adaptação e mitigação dos impactos do aquecimento global.
Além disso, o esboço de acordo estabelece uma meta mais ampla de arrecadar US$ 1,3 trilhão anualmente até 2035, incluindo financiamento tanto de fontes públicas quanto privadas. Esse valor é considerado uma base essencial para financiar o combate ao aquecimento global, apoiar os países em desenvolvimento na implementação de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover o uso de energias renováveis.
O rascunho foi um avanço nas discussões sobre a necessidade urgente de recursos financeiros para enfrentar os impactos climáticos, especialmente em países mais vulneráveis, como nações insulares e regiões da África e Ásia, que já enfrentam secas prolongadas, inundações e outros desastres ambientais exacerbados pelas mudanças no clima.
Desafios e controvérsias nas negociações
Apesar da proposta de números robustos, o rascunho do acordo enfrentou críticas de alguns negociadores, principalmente em relação ao alto custo e à falta de um plano claro para aumentar a base de contribuintes. Segundo um negociador europeu, “ninguém se sente confortável com o número, porque ele é alto e (não há) quase nada sobre o aumento da base de contribuintes”. A questão central aqui é garantir que mais países, especialmente os emergentes, participem ativamente do financiamento climático global, em vez de concentrar as responsabilidades financeiras apenas nas nações desenvolvidas.
Além disso, o rascunho também levantou preocupações sobre a maneira de garantir que esses fundos realmente cheguem aos países que mais precisam, evitando burocracias e garantido transparência no processo de alocação dos recursos. A necessidade de uma abordagem equilibrada, que envolvesse todos os países, ainda era um ponto de divergência durante as discussões.
Próximos passos e expectativas para o futuro
As negociações da COP29 estão programadas para concluir na sexta-feira, mas a possibilidade de uma extensão não pode ser descartada, caso os delegados não cheguem a um consenso sobre o acordo de financiamento. As discussões sobre o financiamento climático são sempre desafiadoras, devido às tensões políticas e econômicas entre os países ricos e os em desenvolvimento, que, em muitos casos, exigem uma maior responsabilidade dos primeiros.
Ainda assim, a proposta de US$ 250 bilhões por ano até 2035 e a meta de arrecadar US$ 1,3 trilhões anualmente representam um passo significativo em direção ao estabelecimento de um mecanismo de financiamento robusto e sustentável para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Enquanto isso, líderes de países em desenvolvimento continuam a pressionar pela criação de soluções financeiras mais justas, que envolvam mais países e promovam uma transição energética global inclusiva e sustentável. As discussões da COP29, embora complexas e desafiadoras, representam um movimento importante na luta contra o aquecimento global, com o objetivo de evitar os piores cenários previstos para o planeta nas próximas décadas.
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