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- Estamos em ano eleitoral, e as dúvidas de quem irá liderar a economia brasileira atrapalham as previsões de mercado;
- Pensando nisso, os analistas do Credit Suisse já apontam um vencedor: Luis Inácio “Lula” da Silva;
- O Credit Suisse aponta um governo mais centralizado, utilizando de investimentos e gastos para readequar a economia;
- No entanto, também é esperado mais tributações para manter o fisco racional, como criação de tributação de dividendos e aumento do Imposto de Renda.
O que será do mercado de ações brasileiro se Lula vencer as eleições presidenciais? O Banco Credit Suisse parece estar antenado na curiosidade dos brasileiros. E traça uma análise de cenários para tentar entender os rumos do mercado brasileiro após as eleições! Confira agora mais detalhes!
Lula ganhará as eleições?
Primeiramente, o banco aposta em Lula como vencedor nas urnas em Outubro. A opinião dos analistas é baseada nas pesquisas eleitorais, que mostram um quadro consolidado de disputa entre o candidato do Partido dos trabalhadores e o atual presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, de acordo com o Credit Suisse, Lula parece ter uma base sólida de cerca de 40% das intenções de voto. O que é menos do que seu pico de 47% observado em dezembro de 2021.
Por outro lado, Bolsonaro está com uma posição sólida de aproximadamente 30%. O demais candidatos ainda não decolaram, o que reduz a probabilidade de um cenário de segundo turno com outros candidatos.
Na parte do relatório em que analisa o cenário de um eventual terceiro mandato do ex-presidente, o Credit Suisse diz que, em 2002, antes da eleição presidencial que acabou vencendo, Lula escreveu uma carta ao povo brasileiro. Assim, comprometendo-se a manter o controle das contas públicas e da inflação.
Desta vez, lembra o Credit Suisse, não haverá tal carta, “mas o fato de que o antigo presidente está fazendo propostas para partidos de centro-direita e de direta traz confiança de que ele será pragmático”.
O cenário de 2023
O Credit Suisse, no entanto, não enxerga um governo Lula como extremamente pró-negócios e que realizaria reformas que colocariam a economia em um caminho inequívoco de consolidação.
“Mas também não vemos como algo que acabaria com a responsabilidade, colocando o país no caminho da insolvência.”
Credit Suisse
Na visão do Credit Suisse, o equilíbrio entre a agenda de reformas estruturais e a agenda desenvolvimentista dependeria da margem na qual Lula ganharia a eleição, por sua base de coalização no Congresso e pelo nível de preços, como inflação, ativos financeiros, taxa de câmbio e produtos.
“Se Lula vencer por ampla margem e se os agentes econômicos não exercerem muita pressão, então ele provavelmente governará com uma coalizão semelhante a de seu segundo governo, e haverá menos incentivo para adotar uma agenda a favor das reformas.”
Credit Suisse,
O fim dos dividendos sem IR?
Os analistas do Credit Suisse escreveram ainda no relatório que, se Lula for eleito, ele impulsionará o crescimento econômico por meio de mais investimentos públicos e de novos avanços no bem-estar social. Mas acrescentam que, para compensar os maiores gastos, a nova administração provavelmente aumentará a carga tributária. Através da criação de imposto sobre dividendos e de um imposto de renda mais alto.
“Até o momento, não temos clareza sobre quais diretrizes e regras serão propostas pela nova administração para recuperar a credibilidade fiscal tão importante para reduzir os juros e retomar crescimento econômico sustentável.
No entanto, os analistas possuem um consenso: a manutenção do atual desiquilíbrio fiscal (como recente furo do teto de gastos) representa alta incerteza econômica. O que logicamente, prejudica os investimentos. Além disso, os analistas alertam que se nada for feito, é provável que a economia brasileira siga com baixas taxas de crescimento econômico.
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