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Pedidos de seguro-desemprego aumentam 5,7% no 1º trimestre de 2023, atingindo o maior patamar em 7 anos.
Os pedidos de seguro-desemprego no Brasil aumentaram significativamente no primeiro trimestre de 2023, atingindo o maior nível desde 2016.
Segundo o Ministério do Trabalho, foram registrados 1,8 milhão de pedidos de janeiro a março, uma alta de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento coincide com a elevação da taxa de desemprego no país e a desaceleração da economia global.
Março registrou o maior número de solicitações no trimestre, totalizando 683.218 pedidos. Apesar disso, o país abriu 195.171 vagas de trabalho com carteira assinada em março, marcando o terceiro mês consecutivo de saldo positivo.
Desaceleração econômica e aumento do desemprego impulsionam pedidos de seguro-desemprego no Brasil
A economia brasileira tem mostrado sinais de desaceleração, e um dos reflexos disso é o aumento dos pedidos de seguro-desemprego. Nos primeiros três meses de 2023, os pedidos atingiram o maior nível para o trimestre desde 2016. Segundo o Ministério do Trabalho, foram registrados 1,8 milhão de requerimentos, representando um aumento de 5,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Essa alta coincide com o aumento da taxa de desemprego no Brasil, que subiu 0,9 ponto percentual e atingiu 8,8% no primeiro trimestre de 2023. Segundo o IBGE, 9,4 milhões de profissionais ainda estão fora da força de trabalho.
Contudo, o país tem registrado um saldo positivo na criação de vagas formais de trabalho. O Caged apontou a abertura de 195.171 vagas com carteira assinada em março, o terceiro mês consecutivo de saldo positivo.
O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da FGV Ibre, explicou que o aumento no número de pedidos de seguro-desemprego se deve tanto à desaceleração da economia quanto ao aumento do número de pessoas elegíveis ao benefício, reflexo da maior formalização ocorrida nos últimos anos.
A tendência, segundo ele, é que os pedidos de seguro-desemprego continuem a aumentar, dado o crescimento do setor formal de trabalho nos últimos anos e a atual desaceleração da economia.
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