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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reportou um prejuízo líquido de R$751 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$91 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A queda foi atribuída à combinação de menores resultados operacionais e aumento das despesas financeiras, segundo comunicado divulgado pela empresa.
Em relação ao trimestre anterior, a deterioração foi ainda mais acentuada, com um aumento de 237,3% no prejuízo. A CSN destacou que o desempenho do segundo trimestre foi positivamente influenciado por operações de hedge no mercado de minério de ferro.
“Essa combinação mais do que compensou o efeito positivo da reversão de IR/CS, decorrente do aumento no reconhecimento de imposto diferido no período”.
detalhou a companhia no relatório de resultados.
Indicadores operacionais
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$2,284 bilhões, uma redução de 18,9% em comparação ao mesmo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada também caiu, ficando em 19,7%, o que representa uma retração de 4,6 pontos percentuais.
De acordo com a CSN, a queda no Ebitda foi impulsionada pela desvalorização do preço do minério de ferro, apesar do desempenho robusto nos segmentos de mineração e cimento, que atingiram recordes históricos de vendas. Na siderurgia, as vendas domésticas apresentaram um crescimento de 9%.
“O problema foi a parte em que a companhia não controla, que são os preços internacionais, principalmente na mineração, com uma série de incertezas em relação à demanda chinesa pelo produto”, avaliou a administração da CSN. Por outro lado, a empresa destacou a “sólida performance comercial” no período, apontando sinais de recuperação no segmento de siderurgia, embora as margens continuem pressionadas.
Receita e segmentos
A receita líquida da CSN foi de R$11,067 bilhões no trimestre, uma leve queda de 0,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pelo segmento de siderurgia, que apresentou sólida atividade comercial, segundo o relatório.
Nos demais segmentos, a receita foi afetada pela queda nos preços das commodities, especialmente no minério de ferro. Apesar disso, a empresa alcançou recordes de vendas na mineração e no cimento, reforçando o desempenho operacional.
“Do ponto de vista operacional, a CSN conseguiu apresentar resultados históricos em termos de volume, o que mostra a força da companhia. O desafio segue nos mercados internacionais, onde os preços têm sido voláteis e difíceis de prever”, afirmou a administração.
O trimestre foi marcado por volatilidade nos preços internacionais do minério de ferro, em meio às incertezas sobre a demanda da China, principal mercado consumidor. Segundo analistas, a dependência da CSN em relação às commodities globais aumenta sua exposição aos riscos externos.
Apesar do cenário desafiador, a administração da CSN expressou otimismo em relação ao futuro.
“Estamos confiantes de que, com os sinais consistentes de recuperação na siderurgia e a força operacional demonstrada em outros segmentos, podemos entregar resultados sólidos nos próximos trimestres”.
ressaltou a companhia.
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