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A desaceleração do IPCA em março em ritmo maior que o esperado e uma melhor percepção fiscal fizeram os juros futuros caírem nesta terça-feira (11). Com a curva apontando cortes na Selic, analistas alertam que a desinflação precisa se mostrar consistente para mudar a postura do BC.
A desaceleração do IPCA em março em ritmo maior que o esperado e uma melhor percepção fiscal fizeram os juros futuros caírem nesta terça-feira (11).
As taxas caíram em torno de 0,20pp, a partir do DI Jan25. Com isso, a curva passou a apontar cortes na Selic, com chances maiores a partir de junho. Além da inflação ter vindo abaixo da mediana das estimativas – 0,71% contra 0,77% – os núcleos também arrefeceram.
O IPCA de março ficou aquém da projeção do BC para o mês, de 0,87%, reportado no Relatório de Inflação. Analistas, contudo, alertam que a desinflação tem que se mostrar consistente para mudar a postura do BC.
Algumas projeções apontam que em 12 meses o IPCA deve chegar a 3% ou 4% em junho, mas volta a subir no segundo semestre, com pressão tanto em administrados quanto em preços livres.
Na parte fiscal, o mercado reagiu bem à informação de que o governo deve colocar no arcabouço fiscal uma trava extra para eliminar o risco de aumento expressivo nos gastos e mecanismos para impedir a mudança de metas e garantir o controle da dívida pública.
O texto final será enviado ao Congresso na próxima segunda-feira (17). No fechamento, o DI Jan24 caiu a 13,150%, de 13,227% no dia anterior. O Jan/25 cedeu a 11,805% (11,992%); o Jan/26, 11,635% (11,861%); o Jan/27, a 11,775% (11,98%); Jan/29, a 12,200% (12,387%) e o Jan/31, a 12,470% (12,649%).
A desaceleração do IPCA em março foi um alívio para o mercado, que vinha sofrendo com a alta da inflação e com as incertezas econômicas.
No entanto, é importante lembrar que a desinflação precisa se mostrar consistente para mudar a postura do Banco Central em relação aos juros. Além disso, a economia brasileira enfrenta diversos desafios, como a crise sanitária e o cenário político conturbado.
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