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Maior representatividade, mistura de gêneros, feats, shows internacionais e grandes eventos são aguardados para este ano.
O mercado da música no Brasil tem passado por transformações ao longo dos anos por conta da necessidade de acompanhar as mudanças culturais e sociais. Anualmente, surgem tendências que movimentam o setor e redefinem a paisagem sonora dos artistas e as expectativas do público. Para 2024, o foco será a diversidade, segundo a Sociedade Artística Brasileira (Sabra).
A tendência, conforme aponta a organização, pode incluir a maior representatividade de artistas de diferentes gêneros, raças e etnias, bem como uma maior variedade de estilos musicais.
Além disso, há também outros temas que devem ganhar evidência no mercado musical. Tanto a Sabra, quanto profissionais que atuam no meio destacam o crescimento do streaming, da realização de grandes eventos e da participação do público nos projetos musicais.
Não é novidade para ninguém que a música brasileira é rica, sendo reconhecida mundialmente como símbolo da cultura nacional. Com frequência, diferentes gêneros surgem e abrem espaço para que novos artistas ganhem o coração do público.
Um exemplo é a ascensão de nomes que antes eram conhecidos apenas por algumas “bolhas”, mas agora são reconhecidos pelo grande público e emplacam hits nas paradas de sucesso, como Pabllo Vittar, Liniker, Manu Bahtidão, Urias, Djonga, Ana Castela, Poze do Rodo e MC Rogerinho.
Segundo a Sabra, este ano, esses e outros artistas irão continuar em evidência, ganhando ainda mais espaço em rádios, redes sociais, programas de televisão e eventos do setor.
Feats darão o tom da diversidade
Por conta da criatividade e inovação no Brasil há, ainda, a possibilidade de fusão de estilos musicais para reforçar a diversidade. Em entrevista concedida à imprensa, o produtor musical Rodrigo Lampreia e o empresário Jeff Nuno afirmaram que experimentações já conhecidas pelo público – como brega funk, pop com blues, sertanejo com funk e trapp com pop – devem continuar roubando a cena durante o ano.
Neste cenário, feats como os de Ney Matogrosso com Gaby Amarantos, Ferrugem com Leo Santana e Iza com L7nnon devem ser apenas o começo da era das colaborações que irão unir artistas de gêneros diferentes.
A conexão também pode acontecer entre países. Nomes como Luísa Sonza, Anitta e Ludmilla, por exemplo, já começaram a fazer feats com artistas internacionais, abrindo caminhos para uma cena musical mais eclética e dinâmica.
Outras tendências do mercado musical
Além de diversidade e fusão de gêneros musicais, outras tendências devem marcar o ano de 2024. Tanto a Sabra, quanto os profissionais do meio destacam o aumento da distribuição digital no mercado.
A tecnologia tem sido uma grande aliada para o crescimento e desenvolvimento da sociedade e, no mundo da música, também tem ganhado protagonismo. As plataformas de streaming, por exemplo, são uma das inovações tecnológicas que ajudam a aproximar a população e a música.
Segundo a pesquisa “Panorama Mobile Time/Opinion Box”, sobre uso de apps no Brasil, 46% dos homens e 31% das mulheres assinaram serviços de streaming de música em 2022. O estudo informa que os eram crescentes, podendo haver um aumento representativo nos anos seguintes.
A inclusão de músicas nas plataformas é, segundo o empresário Jeff Nuno, uma forma de democratizar a produção musical, ao proporcionar que artistas emergentes possam distribuir suas músicas e alcançar um público maior. A Sabra aponta que a tendência se mostra positiva, mas que, certamente, irá afetar o modo como os artistas e as gravadoras geram e monetizam suas músicas.
Outra tendência para 2024 são os grandes eventos que conectam o público com a música. Festivais como Lollapalooza, Mita e Rock In Rio fizeram sucesso e trouxeram artistas renomados, movimentando a indústria fonográfica e a economia.
Dados recentes da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) mostram que o setor se consolidou como um dos maiores geradores de empregos no país, em 2023, com crescimento de quase 47% em comparação com o ano anterior.
Além de festivais, os shows internacionais de grande porte também ajudaram a reacender o amor dos brasileiros pela música. Artistas como Taylor Swift, RBD, Paul McCartney, The Weeknd, Backstreet Boys e Coldplay estão entre os que pisaram no Brasil e lotaram estádios durante o ano passado.
Em 2024 já há alguns nomes anunciados que prometem causar o mesmo impacto: SZA, Blink-182, Paramore, Sam Smith, Dove Cameron, Imagine Dragons, Ed Sheeran, Louis Tomlinson, Jonas Brothers, Simple Plan e Iron Maiden integram a lista de artistas que irão pisar em terras brasileiras.
Outra tendência citada pela Sabra é o aumento da participação do público, o que tem relação direta com o crescimento da distribuição digital e da interação nas redes sociais. A conexão, conforme explica a organização, ajudou a possibilitar um contato maior entre fãs e artistas, seja na produção, divulgação ou distribuição de projetos.
Como exemplo, o empresário Jeff Nuno destaca os fãs de Taylor Swift que, durante a passagem da artista pelo país, confeccionaram e trocaram pulseiras, incorporaram figurinos de clipes durante os shows e colocaram a artista entre a mais ouvida no Spotify.
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