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A Petrobras anunciou, em reunião do seu Conselho de Administração, a aprovação do pagamento de proventos aos acionistas como antecipação relativa ao exercício de 2023. O valor distribuído será de R$ 1,893577 por ação ordinária e preferencial em circulação, com base no balanço de 31 de março de 2023. Além disso, a companhia informou que irá ajustar seu Planejamento Estratégico em curso e aperfeiçoar sua Política de Remuneração aos Acionistas, incluindo a possibilidade de recompra de ações.
Os proventos serão pagos em duas parcelas, nos meses de agosto e setembro. A primeira parcela, no valor de R$ 0,946788 por ação, será paga em 18 de agosto de 2023. Já a segunda parcela, no valor de R$ 0,946789 por ação, será paga em 20 de setembro de 2023.
A data de corte para os detentores de ações negociadas na B3 será em 12 de junho de 2023, com o record date em 14 de junho de 2023. As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos a partir de 13 de junho de 2023.
Para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE), o pagamento será realizado a partir de 25 de agosto de 2023 e 27 de setembro de 2023, respectivamente.
A distribuição dos proventos será feita da seguinte forma: a primeira parcela incluirá dividendos de R$ 0,278179 por ação e juros sobre capital próprio de R$ 0,668609 por ação. Já a segunda parcela será integralmente paga sob a forma de dividendos.
A Petrobras ressalta que os proventos serão abatidos da remuneração aos acionistas a ser aprovada na Assembleia Geral Ordinária de 2024, referente ao exercício de 2023. Os valores serão reajustados pela taxa Selic desde a data do pagamento de cada parcela até o encerramento do exercício social corrente para fins de cálculo do abatimento.
Com essa medida, a Petrobras busca fortalecer a relação com seus acionistas, proporcionando retornos financeiros atrativos e demonstrando seu compromisso com a remuneração adequada aos investidores. Essa distribuição de proventos reflete a confiança da companhia em sua sólida posição financeira e seu desempenho operacional consistente.
Resultado 1T23
A Petrobras divulgou os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2023 (1T23), apresentando um lucro líquido de R$ 38,156 bilhões, o que representa uma queda de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o número ficou acima das expectativas do mercado, que esperavam um lucro de R$ 31,9 bilhões, de acordo com a Refinitiv.
Na receita líquida, a petroleira estatal registrou um faturamento de R$ 139 bilhões, uma queda de 1,8% em comparação ao 1T22. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 72,5 bilhões, uma redução de 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a projeção era de R$ 67,36 bilhões.
É importante ressaltar que a Petrobras já havia divulgado anteriormente seu resultado operacional para o período, o que levou os analistas a estarem mais atentos aos dividendos anunciados. Nesse sentido, a companhia distribuiu R$ 24,7 bilhões, ou R$ 1,893 por cada ação ordinária.
No que diz respeito aos indicadores operacionais, o lucro bruto atingiu a marca de R$ 73,311 bilhões, uma redução de 1,9% em relação ao 1T22. As despesas operacionais, por sua vez, totalizaram R$ 13,295 bilhões, apresentando um aumento de 18,9% na comparação anual.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 3,2 bilhões no 1T23, contrastando com os ganhos financeiros de R$ 2,983 bilhões registrados no mesmo período de 2022.
Em relação ao retorno sobre o capital empregado (ROCE), a Petrobras alcançou 15,7% nos primeiros meses do ano, um aumento de 5,8 pontos percentuais em relação ao 1T22.
No que diz respeito aos investimentos, a estatal destinou US$ 2,5 bilhões no 1T23, representando um aumento de 40,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os principais investimentos foram direcionados para o desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 1,1 bilhão), desenvolvimento da produção em águas profundas (US$ 400 milhões) e investimentos exploratórios (US$ 100 milhões).
Os recursos gerados pelas atividades operacionais totalizaram R$ 53,8 bilhões no 1T23, enquanto o fluxo de caixa livre foi positivo, alcançando R$ 41,2 bilhões.
Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da Petrobras era de US$ 37,588 bilhões, representando uma queda de 6,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O indicador de alavancagem
financeira, medido pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,58 vez em março de 2023, uma redução de 0,23 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.
Os resultados da Petrobras no primeiro trimestre de 2023 refletem um desempenho desafiador, com uma queda no lucro líquido e na receita líquida. No entanto, o lucro superou as expectativas do mercado, o que pode ser considerado um ponto positivo.
A empresa enfrentou diversos desafios durante o período, como a volatilidade dos preços do petróleo e os impactos da pandemia de COVID-19 no setor. Apesar disso, a Petrobras conseguiu manter uma posição sólida e investir em projetos estratégicos para o desenvolvimento da produção de petróleo e gás.
A tabela abaixo resume os principais indicadores operacionais da Petrobras no 1T23:
Indicador | Valor |
---|---|
Lucro Líquido | R$ 38,156 bilhões |
Receita Líquida | R$ 139 bilhões |
Ebitda Ajustado | R$ 72,5 bilhões |
Lucro Bruto | R$ 73,311 bilhões |
Despesas Operacionais | R$ 13,295 bilhões |
Resultado Financeiro Líquido | -R$ 3,2 bilhões |
Retorno sobre Capital Empregado | 15,7% |
Investimentos | US$ 2,5 bilhões |
Recursos Gerados pelas Atividades Operacionais | R$ 53,8 bilhões |
Fluxo de Caixa Livre | R$ 41,2 bilhões |
Dívida Líquida | US$ 37,588 bilhões |
Alavancagem Financeira | 0,58 vez |
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