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Corte de compulsório na China impulsiona queda do dólar abaixo de R$ 4,90, beneficiando moedas emergentes.
Nesta quinta-feira, o dólar americano apresentou uma queda significativa em relação ao real brasileiro, fechando abaixo do patamar de R$ 4,90. Esse movimento foi impulsionado pelo corte na taxa de compulsório bancário realizado pelo Banco Central da China, que teve o efeito de estimular os preços das commodities, beneficiando as moedas de países produtores, incluindo o real brasileiro.
Mesmo com dados econômicos dos Estados Unidos, como a inflação ao produtor (PPI) e as vendas no varejo, superando as expectativas, o mercado continua acreditando que o Federal Reserve (Fed) não aumentará as taxas de juros neste mês. Em vez disso, espera-se que o Fed prolongue o período de taxas elevadas para conter a inflação e garantir uma transição suave na economia.
Mercado cambial reage ao corte de compulsório bancário chinês e à expectativa de política monetária no BCE e no Fed
O mercado cambial teve um dia agitado com o dólar americano caindo abaixo do nível de R$ 4,90 em relação ao real brasileiro. O principal catalisador desse movimento foi o corte na taxa de compulsório bancário da China, uma medida que injetou otimismo nos mercados globais.
Esse corte impulsionou os preços das commodities, o que, por sua vez, fortaleceu as moedas de países produtores, incluindo o real brasileiro.
Embora os indicadores econômicos dos Estados Unidos tenham apresentado resultados sólidos, como a inflação ao produtor (PPI) e as vendas no varejo, que superaram as expectativas, o mercado permaneceu convicto de que o Federal Reserve (Fed) não tomará medidas imediatas para aumentar as taxas de juros.
Em vez disso, o consenso é que o Fed optará por prolongar o período de taxas elevadas para conter a inflação e facilitar uma transição econômica mais suave.
No cenário europeu, o Banco Central Europeu (BCE) surpreendeu os mercados ao aumentar as taxas de juros em 25 pontos-base, indicando uma postura mais rígida em relação à política monetária. Isso resultou em uma valorização do dólar em relação ao euro, que atingiu seu menor valor desde março.
No encerramento das negociações, o dólar à vista fechou em baixa de 0,91%, sendo cotado a R$ 4,8727, após flutuar entre R$ 4,8628 e R$ 4,9217. No mercado futuro, o dólar para outubro registrou uma redução de 0,85%, a R$ 4,8855. Enquanto isso, o índice DXY do dólar americano avançou 0,58%, atingindo 105,370 pontos. O euro, por sua vez, sofreu uma queda de 0,80%, sendo cotado a US$ 1,0644, e a libra esterlina recuou 0,66%, alcançando US$ 1,2408.
NY avança com dados econômicos positivos; Ibovespa segue tendência positiva
As bolsas de Nova Iorque (NY) registraram um avanço notável hoje, impulsionadas por dados econômicos positivos divulgados nos Estados Unidos. No mês de agosto, informações como as vendas do varejo e o Índice de Preços ao Produtor (PPI) superaram as expectativas do mercado, consolidando a percepção de que os EUA estão vivenciando um período de crescimento econômico moderado, afastando preocupações de uma possível recessão.
O índice Dow Jones subiu 0,96%, atingindo 34.907,11 pontos, enquanto o S&P500 teve um ganho de 0,84%, alcançando 4.505,10 pontos. O Nasdaq também avançou, registrando um aumento de 0,81% e chegando a 13.926,05 pontos. Além disso, os retornos dos Treasuries, títulos da dívida pública dos EUA, apresentaram elevações significativas.
O mercado de títulos viu o juro do T-bond de 30 anos subir para 4,386%, em comparação com os 4,3429% registrados no dia anterior. O juro da T-note de 2 anos aumentou para 5,011%, ante os 4,9861% anteriores, enquanto o da T-note de 5 anos avançou para 4,4224%, em comparação com os 4,3905% anteriores. O juro da T-note de 10 anos também subiu para 4,290%, partindo dos 4,2574% anteriores.
No cenário brasileiro, o Ibovespa seguiu a tendência positiva dos mercados internacionais, impulsionado pelo desempenho favorável de empresas ligadas ao setor de commodities. O índice fechou o dia com uma alta de 1,03%, atingindo 119.391,55 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 23,9 bilhões, ligeiramente abaixo da média diária de agosto, que ficou em R$ 25,424 bilhões.
Esse movimento reflete a confiança dos investidores nos fundamentos econômicos dos Estados Unidos e a influência das commodities no mercado brasileiro, proporcionando um dia positivo para os investidores nas bolsas de valores tanto nos EUA quanto no Brasil.
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