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Dólar fecha em alta com expectativa de corte na Selic após deflação do IPCA-15.
Nesta terça-feira, o dólar à vista encerrou em alta de 0,36%, atingindo o valor de R$ 4,7500 após flutuar entre R$ 4,7186 e R$ 4,7593 ao longo do dia. Inicialmente, a moeda americana caiu com a perspectiva de estímulos à economia da China, mas logo reverteu o movimento, corrigindo-se das recentes quedas e atraindo compradores.
As futuras decisões de juros no Brasil e nos EUA foram apontadas como fatores contribuintes para essa correção. O IPCA-15 de julho, com deflação maior que o esperado, aumentou as chances de um corte maior na Selic pelo Copom na próxima semana, embora a aposta majoritária seja de um corte de 0,25pp.
A expectativa de corte na Selic e o cenário externo influenciaram a alta do dólar
O dólar à vista teve um dia agitado, abrindo em queda impulsionado pelas expectativas de mais estímulos à economia chinesa, atingindo a mínima do dia em R$ 4,71. Contudo, essa tendência de baixa foi breve, pois, durante a manhã, a moeda norte-americana reverteu o movimento, registrando uma alta de 0,36% no fechamento, cotado a R$ 4,7500. Esse movimento de correção foi motivado pelas quedas recentes que atraíram compradores e também pela influência do cenário externo e das futuras decisões de juros.
Analistas apontam que a perspectiva de um novo aumento de juros nos Estados Unidos, com previsão de 0,25pp pelo Federal Reserve, e o início do ciclo de corte na taxa Selic no Brasil, previsto para agosto, tornam o diferencial entre os juros internos e externos menos favorável.
Mesmo com a taxa brasileira ainda em patamares elevados, a possibilidade de um corte maior na Selic aumentou após a divulgação do IPCA-15 de julho, que apresentou uma deflação de 0,07%, superando a expectativa de -0,03%.
Ainda que a aposta majoritária seja de um corte de 0,25pp na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cresce a expectativa de um corte mais expressivo, de 0,50pp. Essa perspectiva de mudança na política monetária brasileira impulsionou o dólar, pois reduzir os juros torna o país menos atrativo para investidores estrangeiros em busca de rendimentos mais altos.
No cenário internacional, o índice do dólar, que inicialmente estava em alta durante a maior parte do dia, inverteu sua trajetória, caindo 0,05% para 101,302 pontos às 17h08. O euro também registrou uma pequena queda de 0,13%, sendo negociado a US$ 1,1050, enquanto a libra esterlina apresentou valorização de 0,61%, alcançando US$ 1,2903.
Expectativas com balanços de empresas de tecnologia impulsionam mercados em NY, enquanto IPCA-15 influencia Ibovespa
O mercado acionário nos Estados Unidos fechou em alta nesta terça-feira, com destaque para as bolsas de valores em Nova York. O movimento positivo foi impulsionado pelo desempenho favorável de empresas do setor de tecnologia. As expectativas relacionadas aos balanços de gigantes do setor, como Microsoft, Alphabet (empresa controladora do Google), e Meta (antiga Facebook), foram os principais fatores que influenciaram o otimismo dos investidores.
O índice Dow Jones registrou uma alta discreta de 0,08%, encerrando o dia aos 35.438,07 pontos. Já o S&P500, que representa as 500 maiores empresas listadas na bolsa de valores dos EUA, apresentou um ganho de 0,28%, fechando a sessão com 4.567,46 pontos. O destaque ficou por conta do índice Nasdaq, composto majoritariamente por empresas de tecnologia, que teve um avanço mais expressivo de 0,61%, alcançando 14.144,56 pontos.
Enquanto isso, no cenário brasileiro, o Ibovespa também seguiu a tendência de alta. O índice fechou o dia com um ganho de 0,55%, atingindo os 122.007,77 pontos. Essa foi a quarta alta consecutiva do Ibovespa, que também alcançou seu maior patamar de fechamento desde 11 de agosto de 2021. A divulgação do IPCA-15 contribuiu para a valorização das ações na bolsa brasileira.
O volume financeiro movimentado ao longo do dia na B3, a bolsa de valores brasileira, foi de R$ 24,4 bilhões.
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