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O dólar fecha praticamente estável frente ao real, acumulando alta semanal de 1,4% devido às mudanças nas apostas sobre o Fed.
Nesta sexta-feira, o dólar encerrou as negociações com uma ligeira queda em relação ao real, mas a semana terminou com um acúmulo de alta de 1,4%. Isso ocorreu devido às mudanças nas expectativas dos investidores em relação às políticas do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
No cenário internacional, o dólar havia ganhado força, mas durante a semana, os investidores reavaliaram suas posições, adiando a previsão de início do afrouxamento monetário pelo Fed de março para maio. No cenário nacional, a questão fiscal continuou sendo uma preocupação, com incertezas em torno da MP da reoneração da folha.
Mudança nas perspectivas sobre o Fed e impasse fiscal afetam o mercado de câmbio brasileiro
O mercado de câmbio brasileiro fechou a semana com um cenário de relativa estabilidade, mas não sem sua dose de volatilidade. O dólar encerrou as negociações desta sexta-feira com uma leve baixa de 0,09%, cotado a R$ 4,9268, porém, acumulou um aumento de 1,43% ao longo da semana. O que explica essa oscilação? A resposta está nas mudanças nas expectativas em relação às políticas do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, e em questões fiscais domésticas.
No cenário internacional, o dólar havia ganhado força anteriormente, mas os investidores reavaliaram suas posições ao longo da semana. Agora, a visão predominante é de que o início do afrouxamento monetário pelo Fed, anteriormente previsto para março, foi adiado para maio. Isso levou a uma correção nos mercados, com os investidores voltando a comprar ativos de risco.
Enquanto isso, no Brasil, a questão fiscal permanece uma preocupação. As negociações em torno da Medida Provisória (MP) da reoneração da folha de pagamento geraram incertezas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou a revogação da MP e a manutenção do projeto de desoneração aprovado pelo Congresso, adicionando mais um elemento de volatilidade ao mercado.
Além disso, a fuga de capital estrangeiro da bolsa brasileira também impactou o câmbio. Os investidores retiraram R$ 735 milhões na quarta-feira, revertendo o saldo positivo de janeiro para um resultado negativo de R$ 60 milhões. Esse movimento reflete as incertezas em relação ao corte de juros pelo Fed, o que reduz o atrativo dos mercados emergentes.
Dow e S&P500 quebram recordes e Nasdaq brilha
Na sexta-feira, Wall Street presenciou um dia de otimismo, mesmo com as declarações dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) sobre um possível ajuste nas políticas de afrouxamento monetário. Os principais índices de ações dos Estados Unidos, Dow Jones e S&P 500, alcançaram recordes históricos de máximas intraday e fechamento. O Dow Jones encerrou o dia com um ganho de 1,05%, atingindo 37.863,80 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 1,23%, fechando em 4.839,81 pontos. O destaque, no entanto, foi o Nasdaq, que fechou no nível máximo de 15.310,97 pontos, registrando um aumento de 1,70%.
As ações de empresas relacionadas à tecnologia continuaram a brilhar, especialmente devido a notícias relacionadas à inteligência artificial. Os papéis da AMD avançaram impressionantes 7,11%, enquanto a Nvidia registrou um aumento de 4,17%.
No mercado de títulos do governo dos Estados Unidos, os rendimentos dos Treasuries apresentaram movimentos mistos. O rendimento do T-bond de 30 anos caiu para 4,342%, enquanto o da T-note de 2 anos subiu para 4,389%. O rendimento da T-note de 5 anos avançou para 4,0596%, e o da T-note de 10 anos recuou para 4,137%.
Essa sessão positiva nas bolsas de valores e o desempenho das empresas de tecnologia refletem o contínuo otimismo dos investidores, apesar das incertezas sobre a política monetária do Fed. Os mercados continuam a se adaptar às mudanças nas perspectivas econômicas e políticas globais.
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