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O dólar à vista fecha em alta, rompendo a tendência de queda, mas ainda mostra redução significativa de 5% durante o mês de junho.
Nesta sexta-feira, o dólar à vista encerrou o dia em alta, rompendo uma sequência de cinco sessões consecutivas em queda.
Esta mudança de tendência aconteceu devido à reação dos investidores às incertezas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), bem como os desafios que o governo Lula enfrenta para aprovar novas políticas fiscais. Apesar da alta, o dólar acumula uma queda significativa de 5% durante o mês de junho.
Notou-se também uma resposta positiva do mercado a um relatório preliminar de junho sobre o sentimento do consumidor em Michigan, que superou as expectativas.
Incertezas sobre próximos passos do federal reserve e políticas do governo Lula influenciam a valorização do dólar
A moeda norte-americana quebrou uma sequência de cinco dias de baixas consecutivas e fechou em alta na sexta-feira, com os investidores optando por realizar seus ganhos com a recente queda da moeda. Esta tendência respeitou o piso de R$ 4,80, estabelecido após a decisão do Federal Reserve (Fed) e a melhora da perspectiva de classificação pela S&P.
Investidores estão observando de perto as incertezas sobre as futuras ações do Fed e os desafios do governo Lula para aprovar o arcabouço fiscal no Congresso ainda neste semestre, enquanto tenta avançar com a reforma tributária. Adicionalmente, o mercado externo reagiu a uma prévia positiva do sentimento do consumidor de Michigan para junho e a declarações de membros do Fed.
Thomas Barkin, do Fed de Richmond, expressou que se sentiria “confortável” com um outro aumento de juros, se os dados justificarem essa necessidade. O diretor Christopher Waller, por outro lado, afirmou que a necessidade de um maior aperto monetário pode ser atenuada se as condições de crédito se mostrarem mais rigorosas.
No Brasil, chamou a atenção o encontro não agendado entre Lula e Lira. O presidente da Câmara afirmou no Twitter que a reunião visava discutir as questões do governo no Congresso, com foco especial na reforma tributária e na reforma do Carf. Ele destacou que “não se falou de mudanças no Ministério do presidente Lula”.
Apesar da alta na sexta-feira, o dólar à vista fechou a semana com uma queda de 1,16% e acumula uma queda de 5% no mês de junho. O dólar futuro para julho mostrou um pequeno aumento de 0,03%, fixando-se em R$ 4,8300. No cenário internacional, o índice DXY subiu 0,20%, para 102,322 pontos, enquanto o euro e a libra apresentaram variações pequenas.
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