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O dólar turismo atingiu a marca de R$6,47 no cartão nas casas de câmbio nesta segunda-feira (11), refletindo um cenário de alta volatilidade nas cotações das moedas internacionais. O euro, por sua vez, foi negociado a R$6,87 na mesma modalidade. Esses valores já incluem o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que impacta diretamente o valor final das transações no mercado cambial.
A disparada recente no valor das moedas estrangeiras está diretamente ligada à alta do dólar comercial, que superou os R$5,80 ao longo do dia, diante da crescente indefinição sobre os cortes de gastos do governo brasileiro e os possíveis impactos da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
De acordo com o levantamento da Bolsa de Valores (B3), o dólar comercial registrou uma alta de 0,56% ao final do expediente, fechando cotado a R$5,769. Este aumento refletiu um cenário de incertezas econômicas tanto no Brasil quanto no exterior, em um momento de transição política e fiscal. Já o euro, no contexto do mercado de câmbio, experimentou uma leve oscilação, com seu valor sendo negociado em alta de 0,53% até o fechamento do mercado.
Indicadores e mercado de câmbio
Às 9h14 desta segunda-feira, o dólar à vista estava sendo cotado a R$5,784 na compra e R$5,785 na venda, apresentando um crescimento de 0,25% em relação ao fechamento do pregão anterior. Esse movimento se refletiu também no mercado futuro, com o contrato de dólar de primeiro vencimento subindo 0,31%, cotado a 5.797 pontos, evidenciando o apetite dos investidores por uma moeda mais segura em momentos de incerteza.
A alta do dólar à vista encerrou o dia com valorização de 0,58%, fechando em R$ 5,7711, o que reforça a tendência de alta em relação à moeda brasileira nos últimos dias. O aumento da procura pela moeda estrangeira é atribuído, em parte, à maior cautela dos investidores frente à instabilidade política e fiscal no Brasil, em um cenário marcado por expectativas negativas quanto a um possível corte nos gastos públicos, como apontado por analistas do mercado financeiro.
Leilão do Banco Central
O Banco Central brasileiro também entrou no cenário cambial ao anunciar um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento de 2 de janeiro de 2025. A medida visa garantir uma maior liquidez no mercado de câmbio e controlar a volatilidade do real frente ao dólar, além de sinalizar ao mercado que o governo está atento à pressão cambial. Este tipo de leilão é utilizado para suavizar flutuações abruptas no valor da moeda e proteger a economia local dos impactos de uma possível depreciação ainda maior do real.
Com a continuidade de incertezas políticas e econômicas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o mercado financeiro permanece em alerta. A vitória de Trump nas eleições norte-americanas ainda gera incertezas sobre a política fiscal e cambial dos EUA, o que pode impactar diretamente a cotação do dólar. No Brasil, o debate sobre o ajuste fiscal e as medidas econômicas do governo também permanecem no centro das atenções, influenciando diretamente as expectativas para o comportamento da moeda no curto e médio prazo.
Apesar da alta das moedas estrangeiras, o mercado também demonstra sinais de cautela, com a atenção voltada para o comportamento do real diante de uma possível intervenção do Banco Central. A expectativa é que, com o aumento da volatilidade, a autoridade monetária continue adotando medidas de contenção para minimizar o impacto da disparada cambial no consumo e na inflação.
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