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Dólar fecha semana em alta, atingido por incertezas fiscais e Fed prudente. Investidores adotam posição defensiva no câmbio e realizam lucros na bolsa.
O dólar encerrou a semana em alta frente ao real, anulando ganhos anteriores. Investidores, preocupados com o cenário fiscal e a postura do Fed, optaram por cautela, impactando a bolsa. As declarações do Fed sobre cortes de juros e a decisão do governo em garantir pagamentos antes das eleições municipais também influenciaram. O dólar fechou em R$ 4,9930. No mercado internacional, o dólar operava estável, enquanto o euro e a libra registravam pequenas variações.
Investidores reagem a incertezas fiscais e cautela do Fed, impactando mercado cambial e de ações
O dólar teve uma reviravolta no encerramento da semana, revertendo os ganhos acumulados. A moeda norte-americana fechou em alta em relação ao real, refletindo a preocupação dos investidores com a situação fiscal do país e a postura cautelosa do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.
Investidores, de olho nos desenvolvimentos fiscais e nas políticas monetárias, optaram por adotar uma postura mais defensiva no mercado cambial. Além disso, realizaram lucros na bolsa brasileira, que vinha apresentando seis dias consecutivos de ganhos.
As declarações recentes dos membros do Fed, enfatizando a ausência de pressa para iniciar os cortes de juros e a necessidade de mais confiança na sustentabilidade da queda da inflação, também influenciaram o cenário.
No âmbito doméstico, os investidores reagiram ao aumento do risco fiscal. Isso ocorreu após o governo ceder à pressão do Congresso e assegurar o pagamento de R$ 14,5 bilhões em emendas antes das eleições municipais.
No fechamento do mercado, o dólar à vista registrou alta de 0,81%, atingindo R$ 4,9930, após oscilar entre R$ 4,9600 e R$ 4,9976 ao longo do dia. Na semana, a moeda acumulou um aumento de 0,52%. Enquanto isso, o dólar futuro para março apresentava uma valorização de 0,61%, cotado a R$ 4,9945 às 17h06.
No mercado internacional, o índice DXY operava em torno da estabilidade, com uma variação de -0,02%, atingindo 103,934 pontos. O euro registrava um leve aumento de 0,01%, sendo cotado a US$ 1,0824, enquanto a libra apresentava um acréscimo de 0,12%, chegando a US$ 126,74.
Índices de Wall Street atingem marcas históricas, enquanto investidores reagem à performance financeira do Nubank
Em uma sessão com poucos indicadores econômicos importantes, as bolsas de valores em Nova York conseguiram manter-se estáveis, mas isso foi suficiente para que o Dow Jones e o S&P500 renovassem seus recordes de fechamento. O Dow Jones registrou um aumento de 0,16%, encerrando o dia aos 39.131,53 pontos, enquanto o S&P500 teve um ganho marginal de 0,03%, alcançando os 5.088,80 pontos. Por outro lado, o Nasdaq apresentou uma leve queda de 0,28%, fechando a sessão aos 15.996,82 pontos. Na semana, os índices acumulam ganhos significativos, com altas de 1,30%, 1,66% e 1,40%, respectivamente.
No entanto, nem todas as notícias foram positivas para o mercado. O Nubank divulgou seu balanço referente ao último trimestre, apresentando um lucro robusto de US$ 395,8 milhões, o que representa um aumento de 247,8% em relação ao ano anterior. Apesar dos bons resultados operacionais, analistas expressaram preocupação com os gastos elevados e a receita de tarifas ligeiramente abaixo das expectativas, o que resultou em uma queda de 1,35% nas ações do banco digital.
Além disso, os retornos dos Treasuries recuaram, com o juro do T-bond de 30 anos caindo para 4,374%, o da T-note de 2 anos cedendo para 4,681%, o da T-note de 5 anos diminuindo para 4,2852%, e o da T-note de 10 anos recuando para 4,253%. Esta dinâmica reflete uma certa cautela dos investidores diante do cenário econômico atual e das incertezas em relação aos próximos passos do Federal Reserve.
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