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Dólar sobe a R$ 5,65 e atinge recorde do mês; IBOV cai

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O Ibovespa caiu e o dólar disparou para R$ 5,65 mesmo após a inflação brasileira recuar em agosto.

Nesta terça-feira (10), o principal índice da B3 caiu 0,31%, aos 134.319 pontos. Já o dólar avançou 1,31% e terminou o dia negociado a R$ 5,65, no maior valor desde 07 de agosto.

Segundo dados divulgados pelo IBGE, a inflação brasileira foi negativa em 0,02% em agosto.

O resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado e renovou as discussões sobre a próxima decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), com os analistas ponderando sobre a possibilidade de uma alta da Selic.

Cenário internacional

No cenário internacional, os mercados monitoram atentamente os dados de inflação nos Estados Unidos. O índice de preços de despesas com consumo pessoal (PCE), indicador preferido do Federal Reserve (Fed) para medir a inflação, registrou alta de 2,5% em um ano até julho, permanecendo estável em relação ao mês anterior e abaixo das projeções de 2,6%. Esses números, embora positivos, ainda não dissipam as expectativas de que o Fed possa manter uma política monetária rígida no futuro próximo.

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Às 10h15, o dólar, contudo, apresentava alta de 1,00%, cotado a R$ 5,6792, e chegou a atingir R$ 5,6916 na máxima do dia. No pregão anterior, a moeda americana subiu 1,20%, encerrando a R$ 5,6231. Com isso, o dólar acumulou ganhos de:

  • 2,62% na semana;
  • 0,55% de recuo no mês;
  • 15,88% de valorização no ano.

Por outro lado, o Ibovespa caía 0,71% no mesmo horário, aos 135.077 pontos. Na quinta-feira (29), o índice fechou em baixa de 0,95%, aos 136.041 pontos. Com os resultados recentes, o principal índice da bolsa brasileira apresenta:

  • Alta de 0,32% na semana;
  • Alta de 6,57% no mês;
  • Ganhos de 1,38% no acumulado do ano.

Esses números refletem a volatilidade crescente no mercado financeiro brasileiro, em meio às preocupações fiscais internas e ao cenário global, que segue monitorando as ações dos principais bancos centrais.

O que mexe com os mercados?

Hoje, o Banco Central (BC) realizou um leilão de até US$ 1,5 bilhão no mercado de câmbio à vista. Dessa forma, com o objetivo de conter a escalada do dólar observada ao longo desta semana. Entre segunda e quinta-feira, a moeda americana avançou 2,62%, ultrapassando a marca de R$ 5,60. O leilão foi conduzido das 9h30 às 9h35.

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Durante um leilão de dólar à vista, o BC vende dólares de suas reservas internacionais para aumentar a oferta da moeda no mercado. Ainda, com a intenção de estabilizar a taxa de câmbio e evitar novas elevações no preço do dólar. Este foi o segundo leilão de dólar realizado pela instituição desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O aumento do dólar ao longo de agosto, com a moeda superando R$ 5,80 no início do mês, reflete preocupações com a situação fiscal do Brasil e incertezas sobre a política monetária dos Estados Unidos. No cenário doméstico, as dúvidas sobre a capacidade do governo de equilibrar as contas públicas permanecem em destaque.

Em julho, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 21,3 bilhões, superando amplamente as previsões de economistas que esperavam um saldo negativo de R$ 5 bilhões, conforme pesquisa da Reuters. O saldo negativo do mês foi composto por déficits de R$ 8,6 bilhões do governo central, R$ 11,1 bilhões dos governos regionais e R$ 1,7 bilhão das empresas estatais.

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Na quinta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em um evento da CNN que “a parte mais difícil da economia brasileira atualmente é lidar com a questão fiscal. As despesas continuam a crescer acima da receita.” Esta declaração sublinha os desafios contínuos enfrentados pelo governo para controlar as finanças públicas em um ambiente econômico volátil.


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