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Dólar registra quarto dia consecutivo de alta frente ao real devido a incertezas políticas no Brasil e expectativas de aperto nos Estados Unidos.
O dólar continuou sua trajetória de alta pelo quarto dia consecutivo em relação ao real, impulsionado pelas incertezas em Brasília e pela perspectiva de medidas mais rígidas nos Estados Unidos.
Enquanto no exterior, os indicadores econômicos americanos, como a geração de empregos e os índices de atividade do setor de serviços, superaram as expectativas, alimentando a visão de uma economia aquecida com inflação elevada.
Esses fatores levaram os investidores a aumentarem suas apostas em um aperto monetário adicional pelo Federal Reserve, com a expectativa de pelo menos duas altas nas taxas de juros até o final do ano. A valorização do dólar foi contida em relação às moedas estrangeiras devido à percepção de que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) também precisarão adotar medidas mais restritivas.
No cenário doméstico, as atenções se voltam para Brasília, onde a aprovação da reforma tributária ainda é incerta, enquanto outras votações importantes ficarão pendentes até agosto. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 4,9299, com uma alta de 1,64% em relação ao real.
Dólar atinge quarta alta consecutiva frente ao real devido às incertezas políticas no Brasil e expectativas de medidas de aperto nos Estados Unidos
O dólar manteve sua trajetória ascendente pelo quarto dia seguido em relação ao real, impulsionado por fatores tanto internos quanto externos. No cenário internacional, os investidores observaram com atenção os indicadores econômicos dos Estados Unidos.
O dado da ADP (Automatic Data Processing) referente à geração de empregos surpreendeu positivamente, apresentando números acima das expectativas. Além disso, os índices de atividade (PMIs) do setor de serviços americano continuaram em alta, demonstrando uma economia aquecida. Esses resultados reforçaram a percepção de que a economia dos Estados Unidos está se recuperando rapidamente, porém, com o risco de uma inflação persistente e acima das metas estabelecidas.
Diante desse panorama, o mercado ajustou suas expectativas em relação à política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Agora, há um consenso crescente de que o Fed poderá realizar pelo menos duas altas de 25 pontos-base nas taxas de juros até o final deste ano. Essas expectativas de aperto monetário nos Estados Unidos contribuíram para a valorização do dólar em relação ao real.
No entanto, vale ressaltar que o dólar não apresentou um avanço significativo frente às demais moedas estrangeiras devido às projeções de que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) também terão que adotar medidas mais rígidas em suas políticas monetárias. A declaração do presidente do Banco Central alemão, Joachim Nagel, de que não vê perigo de um aperto excessivo no momento, fortaleceu essa percepção.
No cenário interno, a atenção se voltou para Brasília, onde as incertezas políticas impactaram a valorização do dólar. A aprovação da reforma tributária ainda é uma dúvida, enquanto outras votações importantes, como as dos projetos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e do arcabouço fiscal, foram adiadas para depois do recesso parlamentar, em agosto.
Ao final do pregão, o dólar à vista fechou em alta de 1,64%, cotado a R$ 4,9299. O dólar futuro para agosto apresentou um aumento de 1,74%, sendo negociado a R$ 4,9570. No mercado internacional, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras moedas, registrou uma queda de 0,23%, atingindo 103,139 pontos. O euro valorizou-se em 0,28%, chegando a US$ 1,0886, enquanto a libra esterlina teve um ganho de 0,26%, sendo cotada a US$ 1,2737.
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