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Dólar sobe e agora volta a ser negociado acima dos R$ 5,60

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  • O dólar, no entanto, avançava frente ao real nesta quarta-feira (24), superando a marca de R$ 5,60
  • Às 11h15 (horário de Brasília), o dólar à vista registrava alta de 0,99%, cotado a R$ 5,64 na venda
  • Na terça-feira (23), o dólar à vista fechou a R$ 5,5875, com uma alta de 0,34%

O dólar, no entanto, avançava frente ao real nesta quarta-feira (24), superando a marca de R$ 5,60, à medida que a queda nas commodities e a recuperação do iene reduz o “apetite por moedas de mercados emergentes”.

Às 11h15 (horário de Brasília), o dólar à vista registrava alta de 0,99%, cotado a R$ 5,64 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo subia 0,90%. Dessa forma, sendo negociado a R$ 5,62 na venda.

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Na terça-feira (23), o dólar à vista fechou a R$ 5,5875, com uma alta de 0,34%. Dois fatores têm pressionado as moedas emergentes esta semana: a recuperação do iene frente ao dólar e o aumento das preocupações com a economia chinesa. O que impacta, contudo, negativamente a demanda global por commodities.

A moeda japonesa tem se valorizado em relação ao dólar devido a especulações sobre uma possível intervenção cambial e a expectativa de que o Banco do Japão possa aumentar os juros na próxima semana. A valorização do iene em relação ao dólar e a possível redução do diferencial de juros entre Japão e Estados Unidos incentivam os investidores a desfazerem operações de “carry trade”. Dessas forma, nas quais tomam empréstimos em moedas de países com juros baixos para investir em moedas de países com juros altos.

Saída de capital

Essa reversão leva a uma saída de capitais de mercados emergentes, afetando suas moedas. O dólar caía 1,03% em relação ao iene, cotado a 153,97. Além disso, os ativos de mercados emergentes estão sendo impactados pela queda nos preços das commodities. Devido às preocupações econômicas com a China, grande consumidora de matérias-primas. Dois produtos, no entanto, em particular estão afetando o Brasil: o petróleo, cujos preços estão próximos das mínimas de seis semanas, e os contratos futuros de minério de ferro, que atingiram o menor valor em mais de três meses na véspera.

“Na terça-feira e hoje também, nós observamos uma queda nos preços internacionais de commodities, em especial o petróleo e o minério de ferro, que são itens importantes da pauta exportadora brasileira. A queda desses preços de commodities prejudica o desempenho do real”, aponta Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

O dólar ganhava força frente ao peso mexicano, registrando uma alta de 1,1%. E, contudo, também avançava contra o peso chileno, com valorização de 0,6%.

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Outro destaque desta sessão foi a redução do apetite por risco em diversos ativos. Isto, além do mercado cambial, à medida que os investidores assimilavam uma série de balanços corporativos decepcionantes.

“Esse começo da temporada de balanços nos Estados Unidos não tem sido muito bom e prejudica um pouco o otimismo dos investidores”, afirma Mattos.

No cenário nacional, as atenções estão voltadas para o Banco Central. Especialmente para a palestra do presidente Roberto Campos Neto, às 10h, no evento Blockchain Rio 2024, no Rio de Janeiro.

Além disso, o mercado permanece atento à trajetória das contas públicas brasileiras, após o governo anunciar uma contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento deste ano para cumprir as exigências do arcabouço fiscal.


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