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O dólar avança devido à crise imobiliária chinesa e expectativas de juros elevados nos EUA, afetando moedas de países produtores.
Nesta segunda-feira, o dólar apresentou um avanço notável em relação às principais moedas, refletindo uma crescente aversão ao risco em meio aos novos desdobramentos da crise no setor imobiliário da China.
A incerteza quanto ao crescimento da economia chinesa abalou os mercados globais, impactando negativamente os preços das commodities e prejudicando as moedas de países produtores, como o real brasileiro. Além disso, a percepção de que os Estados Unidos manterão suas taxas de juros elevadas por um período prolongado impulsionou a valorização do dólar, fortalecendo a economia americana.
Novos desdobramentos na crise imobiliária chinesa elevam o dólar e abalam mercados globais
Nesta segunda-feira, o mercado financeiro global foi abalado por uma série de eventos que impulsionaram o dólar a uma valorização significativa em relação às principais moedas estrangeiras. A crise no setor imobiliário da China voltou a ganhar destaque, causando uma aversão ao risco nos investidores e afetando diretamente o desempenho das moedas de países produtores de commodities, incluindo o real brasileiro.
O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,68%, atingindo a marca de R$ 4,9662, após oscilar entre R$ 4,9379 e R$ 4,9750. Essa valorização foi influenciada pela incerteza em torno do crescimento econômico chinês, que foi exacerbada pela notícia de que a gigante do setor imobiliário chinês, a Evergrande, enfrenta novos problemas de pagamento e está impedida de realizar novas captações devido a uma investigação relacionada a uma de suas afiliadas.
Além disso, a perspectiva de que os Estados Unidos manterão suas taxas de juros elevadas por um período prolongado contribuiu para fortalecer o dólar, tornando-o uma opção mais atraente para os investidores. Isso reflete a confiança na recuperação econômica dos EUA, mesmo em meio a desafios globais.
Nos mercados internacionais, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, registrou um aumento de 0,36%, atingindo 105,963 pontos. Enquanto isso, o euro caiu 0,50%, sendo cotado a US$ 1,0591, e a libra esterlina perdeu 0,24%, valendo US$ 1,2211. Esses movimentos refletem as preocupações dos investidores com a evolução da crise na China e seus potenciais impactos em escala global, mantendo os mercados financeiros em estado de alerta.
Mercados em Wall Street mantêm resiliência frente à crise imobiliária chinesa
Apesar das preocupações com a crescente crise no mercado imobiliário da China, as bolsas de Nova York demonstraram resiliência na sessão desta segunda-feira. O destaque ficou por conta do índice Dow Jones, que registrou um ganho de 0,13%, fechando em 34.006,88 pontos, enquanto o S&P500 avançou 0,40%, atingindo 4.337,44 pontos, e o Nasdaq teve um ganho de 0,45%, chegando a 13.271,32 pontos.
O mercado financeiro internacional vinha acompanhando de perto os desdobramentos da crise protagonizada pela incorporadora chinesa Evergrande, que enfrenta dificuldades no pagamento de dívidas milionárias. Os investidores temiam que essa crise pudesse ter ramificações globais, mas os índices de Wall Street conseguiram manter um desempenho positivo, em grande parte devido à confiança contínua nas políticas de juros do Federal Reserve e nos resultados corporativos.
Os retornos dos Treasuries, no entanto, apresentaram avanços, com o juro do T-bond de 30 anos subindo para 4,666%. Essa movimentação nos títulos do governo americano mostrou que os investidores ainda estão atentos às incertezas econômicas e financeiras globais, mas a resiliência das bolsas norte-americanas indicou que eles também estão dispostos a buscar oportunidades.
No cenário brasileiro, o Ibovespa teve um desempenho mais hesitante, fechando praticamente estável com uma leve queda de 0,07%, aos 115.924,61 pontos. O recuo nas ações da Vale exerceu pressão sobre o índice, apesar do volume financeiro de R$ 17,1 bilhões, que se aproximou dos valores de sexta-feira, mas permaneceu bem abaixo da média diária de agosto.
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