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Economia Verde é necessidade? Confira o alerta dos economistas

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Os conceitos de sustentabilidade e de economia verde estão a cada dia mais presentes no cotidiano do mercado de capitais. Com as metas de objetivo sustentável estipuladas pela Onu para 2030, as principais empresas estão visando ser cada mais limpas, e o mercado não está alheio a isto.

Se o mercado se preocupa com esta demanda, os principais nomes (a elite) do mercado também leva este tema a sério e fazem um importante alerta: o sonho não é tão verde quanto parece.

Pesos-pesados na condução da política econômica brasileira nas últimas décadas, ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central, tentaram “sair da caixa”, mas não conseguiram.

A defesa da sustentabilidade como âncora para um crescimento mais robusto foi para o papel, mas, no discurso, o grupo de “elite” alertou para as dificuldades de manejar o Orçamento e a falta de vontade política para definir prioridades de investimentos que fortaleçam a economia verde.

Com o intuito de contribuir com propostas – endereçadas aos presidenciáveis – para que o País volte a crescer de forma mais robusta e aproveitando sua vocação sustentável, Affonso Celso Pastore, Armínio Fraga, Gustavo Krause, Gustavo Loyola, Henrique Meirelles, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira, Paulo Haddad, Pedro Malan, Pérsio Arida, Rubens Ricúpero e Zélia Cardoso de Mello subscrevem o documento “A Importância da Sustentabilidade para a Economia do Brasil”.

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Ancorado na economia verde, o texto foi apresentado nesta sexta-feira, 16 de setembro, em coletiva de imprensa, e lista quatro pontos fundamentais para a condução da política econômica do Brasil.

O plano verde

O primeiro deles é zerar o desmatamento da Amazônia, promovendo as condições de vida das populações locais e reforçando a ação do País nos foros globais de decisão sobre o clima. O segundo, aproveitar as vantagens comparativas do País, avançando para a economia de carbono zero.

Já o terceiro passa por aumentar a capacidade de enfrentar anomalias climáticas, preparando o País para impactos esperados do aquecimento global. E o quarto ponto, impulsionar o financiamento à pesquisa e à inovação tecnológica que permitam alavancar energias renováveis, a bioeconomia, os biocombustíveis e uso sustentável dos recursos naturais e humanos do País.

Um dos signatários do documento, o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega (de 1998 a 1999) puxou o coro na defesa da aplicação de investimentos fiscais para que o Estado e as empresas participem do esforço em favor da energia limpa.

“Não há dúvida de que o Brasil aplica de 3% a 4% do PIB em incentivos fiscais que são vistos como perdas de arrecadação, mas que podem ser utilizados para incentivar a energia limpa, com critérios a serem definidos e monitorados”, afirmou Nóbrega, que chamou atenção para incentivos concedidos pelo governo americano ao segmento de semicondutores e governos europeus para fortalecer a energia limpa.

O ex-ministro vê uma imensa possibilidade de negócios que envolvem o meio ambiente e ressaltou a necessidade de usar ciência e tecnologia para preservar áreas na Amazônia, onde são “imensas as possibilidades de desenvolver a venda de carbono”.

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Nóbrega observou que o Brasil é “campeão” em iniciativas que envolvem energia eólica e solar e também na produção de biocombustíveis.

“O Brasil é competitivo e pode ser ainda mais na transição para o carbono zero. Temos a possibilidade de comandar o desmatamento zero”, disse.

Recentemente, o Ministério do Meio Ambiente e do Clima da Noruega declarou à agência Reuters que o País está pronto para retomar repasses ao Brasil para a prevenção do desmatamento na Amazônia, se houver uma mudança de governo nas eleições de outubro.


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