Novo alerta

A economia brasileira corre sério risco: e o motivo vai te deixar de cabelo em pé

FMI alerta que o custo da dívida pública disparou e que o Brasil pode ultrapassar 98% do PIB até 2030 se os gastos do governo continuarem fora de controle.

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  • FMI alerta que o custo da dívida do Brasil é extremamente elevado.
  • Dívida deve atingir 98% do PIB até 2030, segundo projeção.
  • Selic alta e gastos excessivos pressionam contas públicas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez novo alerta sobre o endividamento do Brasil. Segundo o diretor do departamento de assuntos fiscais, Vitor Gaspar, o custo da dívida pública está entre os mais altos do mundo e exige mudanças urgentes na política fiscal.

Durante entrevista sobre o Monitor Fiscal, divulgada nesta quarta-feira (15), Gaspar afirmou que o país precisa gastar melhor e reduzir despesas obrigatórias, para reverter a trajetória de alta da dívida.

Dívida sobe e preocupa

O FMI projeta que a dívida bruta do país vai subir de 87,3% do PIB em 2024 para 91,4% neste ano, chegando a 98,1% até 2030.

O avanço coloca o Brasil entre as economias emergentes com maior pressão de juros sobre as contas públicas.

Gaspar afirmou que a estabilização deve vir apenas no fim da década, mas que isso é tarde demais.


Vitor Gaspar, diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI) — Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

Segundo ele, “é preciso redirecionar a trajetória de gastos para baixo”, com foco em eficiência e controle de despesas.

Selic eleva custo da dívida

O aumento da Selic, de 2% em 2020 para 15% atualmente, é o principal fator que eleva o custo da dívida.

“O impacto sobre as finanças públicas é considerável”, disse Gaspar.

Com juros altos, o país compromete mais de R$ 1 trilhão ao ano apenas com pagamentos, o que reduz investimentos e aumenta o risco fiscal.

O FMI vê necessidade de ajustes antes que o gasto com juros inviabilize a política econômica.

Reforma tributária e eficiência

Sobre a reforma do Imposto de Renda, Gaspar classificou a proposta do governo como “correta”, mas destacou que o equilíbrio fiscal depende de medidas estruturais.

Ademais, ele afirmou que o FMI acompanha o tema com atenção e que o Brasil deve combinar mudanças tributárias com cortes de despesas para recuperar credibilidade fiscal.

“Sem disciplina orçamentária, o custo da dívida continuará subindo”, concluiu.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.