
- Boletim Focus corta projeção do IPCA para 4,72%, reforçando controle da inflação.
- Dólar e Selic permanecem estáveis, sustentando cenário econômico equilibrado.
- Superávit comercial cai levemente, mas ainda mostra força das exportações.
O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (13) a nova edição do Boletim Focus, que reúne as projeções das principais instituições financeiras para a economia brasileira.
As estimativas seguem praticamente estáveis, com leve corte na inflação e nenhuma mudança relevante nas previsões para PIB, dólar, juros e balança comercial.
Inflação controlada e estabilidade no radar
O Boletim Focus reduziu a projeção para o IPCA de 2025, que passou de 4,80% para 4,72%. A variação leve reforça o cenário de inflação sob controle e a percepção de que o BC conseguiu ancorar as expectativas do mercado.
Segundo economistas, o resultado reflete a política monetária firme e a melhora do ambiente fiscal. Esses fatores sustentam a confiança de que os preços devem permanecer estáveis até o fim do próximo ano.
Apesar da cautela com o cenário externo, o mercado entende que o Brasil vive um momento de equilíbrio e que o controle inflacionário deve continuar sendo um ponto de destaque em 2025.
PIB, dólar e juros seguem inalterados
As projeções para o PIB permaneceram em 2,16%, apontando atividade econômica moderada, sem sinais de desaceleração brusca ou aceleração expressiva. O dado reforça a ideia de um crescimento sustentado, embora sem grande impulso adicional.
O dólar foi mantido em R$ 5,45, indicando estabilidade cambial e menor volatilidade. A posição reflete a entrada constante de capital estrangeiro e o superávit comercial elevado, fatores que fortalecem o real mesmo diante das incertezas globais.
A taxa Selic continua em 15% ao ano, conforme esperado. O BC avalia que não há espaço para cortes, mas também não vê necessidade de novas altas, o que mantém o ciclo de juros estável.
Balança comercial: leve ajuste, mas quadro firme
O superávit da balança comercial foi revisado de US$ 64,6 bilhões para US$ 62 bilhões, pequena redução que ainda demonstra solidez nas exportações brasileiras.
Mesmo com o ajuste, o desempenho externo continua positivo, impulsionado pelo agronegócio e pela retomada gradual da indústria. A combinação ajuda o país a preservar o saldo comercial robusto, mesmo com menor demanda internacional.
O recuo pontual não muda o quadro geral. Por fim, o mercado segue vendo a balança comercial como um pilar de estabilidade, contribuindo para manter o câmbio sob controle e a economia equilibrada.