
- Safra recorde garante deflação em agosto e derruba preços de alimentos básicos
- Governo espera continuidade da queda até o fim do ano com apoio de crédito e programas rurais
- Alívio no bolso fortalece consumo interno e competitividade do Brasil no comércio internacional
O Brasil acaba de colher uma safra histórica de grãos, com destaque para soja, milho e arroz. O avanço da produção já começa a aparecer nos preços dos alimentos.
Essa oferta abundante traz alívio direto para a inflação da cesta básica. Depois de anos de pressão no orçamento das famílias, o cenário agora é de queda nos preços e maior estabilidade.
Deflação em agosto foi puxada pelos alimentos
O IPCA de agosto caiu 0,11%, segundo o IBGE, resultado fortemente influenciado pela queda dos alimentos. Tomate recuou 13,39%, batata 8,6%, cebola 8,7%, arroz 2,6% e café moído 2,17%.
Esse movimento impactou de forma positiva o orçamento doméstico, com preços mais baixos em feiras e supermercados. Além disso, combustíveis também ajudaram: gasolina -0,94%, etanol -0,82% e gás natural veicular -1,27%.
Assim, no acumulado de 2025, a inflação está em 3,15%, dentro da meta definida pelo governo.
Governo prevê queda até o fim do ano
Para o ministro Paulo Teixeira, a tendência de queda deve seguir nos próximos meses. Ele afirma que a safra recorde está garantindo maior estabilidade para os preços.
Ademais, programas como o Plano Safra e o Desenrola Rural também têm papel importante. O crédito ampliado e a renegociação de dívidas dão segurança ao produtor e ampliam a oferta no mercado interno.
Desse modo, segundo Teixeira, investir no campo significa colocar comida mais barata na mesa das famílias.
Produção recorde fortalece o Brasil no exterior
O aumento da produção beneficia não só os consumidores locais, mas também o comércio exterior. A safra histórica reforça a posição do Brasil como grande fornecedor de alimentos no mundo.
Além disso, com mais soja, milho e arroz disponíveis, o país amplia exportações para Ásia, Europa e América Latina. Isso melhora o saldo da balança comercial e traz confiança para investidores.
Portanto, ao mesmo tempo, a abundância ajuda a segurar a inflação, criando espaço para estabilidade nos juros.
Efeito imediato no consumo
O impacto mais visível está no supermercado. Produtos que pesaram no bolso das famílias em anos recentes agora ficam mais acessíveis.
Nesse sentido, Arroz, feijão, hortaliças e café aparecem em queda consecutiva, trazendo alívio para quem depende da cesta básica.
Por fim, analistas projetam que esse movimento deve continuar até o fim de 2025, com deflação nos alimentos sustentada pela safra recorde.