Crise diplomática

O Brasil pode parar em agosto com tarifas dos EUA: caos nas exportações, expulsão de embaixadora e crise na economia

Enquanto Trump fecha megaparcerias com Europa, Japão e China, Brasil entra na mira das tarifas e vê risco real de ruptura diplomática a partir de 1º de agosto.

crash economia
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O governo dos Estados Unidos oficializou que, a partir de 1º de agosto de 2025, todas as exportações brasileiras passarão a ser taxadas em 50%, numa escalada sem precedentes nas relações bilaterais. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, ocorre ao mesmo tempo em que os EUA firmam novos acordos comerciais com Japão, União Europeia e China, deixando o Brasil completamente isolado das mesas de negociação.

Enquanto os demais países garantem isenções ou reduções tarifárias estratégicas, o Brasil entra na lista negra da Casa Branca. A justificativa usada por Trump para o tarifaço foi política: segundo ele, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro representa um ataque à democracia e justifica sanções unilaterais.

Nos bastidores do Itamaraty, a avaliação é de que o país foi deliberadamente ignorado. O governo Lula tentou negociar, enviando cartas e participando de reuniões técnicas, mas nunca recebeu respostas formais. Para diplomatas brasileiros, essa postura norte-americana representa uma humilhação pública e ameaça direta à soberania nacional.

Tarifa de 50% atinge em cheio o agronegócio

O impacto da nova tarifa já causa pânico no setor produtivo. Exportadores de café, carne, laranja, madeira e aeronaves relatam cancelamentos de contratos e dificuldade em encontrar mercados substitutos. O agronegócio, que responde por grande parte do superávit comercial do Brasil, será o mais atingido. Em algumas cadeias produtivas, como a de suco de laranja, até 60% da produção é destinada aos Estados Unidos.

Cooperativas do interior de São Paulo relatam que os preços já começaram a cair e há produtores cogitando abandonar a colheita por inviabilidade econômica. No setor cafeeiro, líderes alertam que o Brasil pode perder em poucos meses uma fatia de mercado construída ao longo de décadas.

A Embraer, gigante da aviação brasileira, também está entre os principais alvos. A alíquota de 50% sobre jatos exportados ameaça negócios bilionários com companhias aéreas norte-americanas. Sem previsibilidade, investidores já reagem com cautela às ações brasileiras listadas em bolsas internacionais.

Risco de ruptura diplomática cresce em Brasília

Com o agravamento da crise, o Itamaraty estuda medidas drásticas. Fontes do governo confirmam que está na mesa a possibilidade de chamar de volta a embaixadora brasileira em Washington. Há ainda a avaliação de expulsar a diplomata americana do Brasil, caso os EUA de fato avancem na retaliação.

Parlamentares da base e da oposição se unem em torno da proposta de aplicar tarifas recíprocas contra produtos dos EUA, como prevê a Lei de Retaliação Comercial. O governo também avalia acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), embora o processo seja demorado.

Enquanto isso, o presidente Lula tem adotado um tom cauteloso. Ele disse que o Brasil seguirá “tentando o diálogo”, mas reconheceu que os americanos “viraram as costas” e que o país foi preterido em todas as negociações recentes. A ala mais pragmática do governo defende buscar novos parceiros comerciais em outras regiões, principalmente Ásia e África.

Cenário para agosto é de tensão e perdas

O tarifaço que entra em vigor no dia 1º de agosto será um marco negativo na relação entre Brasil e Estados Unidos. Para muitos analistas, esse é o maior isolamento diplomático do Brasil desde a redemocratização. A ausência de acordos e a imposição de sanções escancaram a fragilidade do atual alinhamento externo do país.

Com empresas sofrendo prejuízos, setores inteiros ameaçados e a diplomacia em ebulição, cresce o temor de que o mês de agosto inaugure uma crise econômica e política profunda. O Brasil pode ver seus produtos encalhados, seus diplomatas hostilizados e sua presença internacional diminuída.

Resumo da crise

  • Tarifas de 50% sobre todas as exportações brasileiras aos EUA começam a valer em 1º de agosto.
  • Brasil ficou de fora dos acordos firmados por Trump com União Europeia, Japão e China.
  • Governo brasileiro cogita romper laços diplomáticos, com possível retirada da embaixadora em Washington.
Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.