Prévia do PIB

Queda inesperada na economia brasileira deixa investidores em alerta

IBC-Br recuou em junho contra previsão de alta, mas ainda mostra avanço no segundo trimestre de 2025.

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  • IBC-Br caiu 0,10% em junho contra previsão de alta de 0,05%
  • Agropecuária e indústria puxaram resultado para baixo, enquanto serviços e impostos avançaram 0,1%
  • No segundo trimestre, indicador acumulou crescimento de 0,3%, sugerindo avanço modesto da economia

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, recuou 0,10% em junho, contrariando expectativas de leve alta. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (18).

Apesar da queda mensal, o indicador acumulou crescimento de 0,3% no segundo trimestre de 2025, mostrando algum fôlego para a economia brasileira.

Resultado abaixo do esperado

A projeção de analistas era de leve alta de 0,05% no mês, segundo levantamento da Reuters. A surpresa negativa reforça a percepção de que a atividade econômica segue em ritmo fraco.

Entre os componentes, a agropecuária teve recuo expressivo de 2,3%, enquanto a indústria caiu 0,1%. Em contrapartida, os setores de serviços e impostos apresentaram avanço de 0,1%, evitando retração mais forte do índice.

Mesmo assim, o resultado reforça a cautela em relação ao desempenho do PIB oficial, que será divulgado pelo IBGE nos próximos meses.

Trimestre positivo

No acumulado de abril a junho, o IBC-Br registrou crescimento de 0,3%. Esse número indica recuperação parcial após meses de oscilação, mas ainda sugere expansão modesta para a economia brasileira.

O dado trimestral reflete maior dinamismo em serviços e certa estabilidade no comércio, mas não elimina os riscos associados à desaceleração global e às condições financeiras restritivas no país.

Economistas afirmam que, embora positivo, o desempenho não altera significativamente as projeções para o PIB de 2025, que devem se manter em torno de 2,2%.

Perspectivas futuras

Com a queda de junho, cresce a expectativa sobre os próximos passos da política monetária. O Banco Central já sinalizou que mantém juros elevados até ter maior segurança no controle da inflação.

Nesse cenário, o ritmo de atividade deve continuar limitado, especialmente pela combinação de crédito caro e incerteza fiscal. Ao mesmo tempo, qualquer melhora na agropecuária pode ajudar a sustentar o crescimento no segundo semestre.

O mercado seguirá atento aos próximos indicadores para ajustar projeções e avaliar se a surpresa negativa foi pontual ou parte de uma tendência mais preocupante.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.