
- Swift diz que segue lei europeia e rejeita sanções arbitrárias
- Governo vê alívio parcial mas mantém planos de contingência
- Tarifaço e ruído político exigem coordenação entre Fazenda BC e Itamaraty
O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, recebeu Hayden Allan, chefe global de Assuntos Corporativos do Swift. Segundo o governo, o executivo afirmou que a rede, sediada na Bélgica, obedece à lei da União Europeia.
Além disso, Allan disse que o Swift não está sujeito a sanções arbitrárias de países específicos. Assim, Brasília viu um sinal de fôlego no meio da disputa aberta pela Lei Magnitsky.
O que foi dito a Brasília
No encontro, o Swift ressaltou que conecta 11,5 mil instituições em mais de 200 países. Portanto, a governança segue regras europeias e decisões colegiadas.
Durigan divulgou que a conversa foi “excelente” e técnica. Além disso, ele reforçou que o Brasil é um dos maiores usuários do sistema.

Assim, o Ministério da Fazenda avaliou que o recado ajuda a reduzir riscos imediatos. Porém, a equipe segue em alerta e monitora cenários.
Por que isso importa no caso Magnitsky
Em julho, os EUA acionaram a Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Desde então, o Planalto teme efeitos colaterais no sistema financeiro.
Contudo, o Swift afirmou que não executa punições unilaterais fora do marco europeu. Portanto, eventuais bloqueios exigiriam decisões na esfera da UE.
Ao mesmo tempo, o Itamaraty sustenta defesa do multilateralismo. Assim, a estratégia inclui diálogo com parceiros do G20 e do Brics.
Riscos ainda no radar
Apesar do alívio, técnicos lembram que pressões políticas podem escalar. Por isso, o governo prepara planos de contingência.
Além disso, a Fazenda acompanha a participação de países emergentes no conselho do Swift. Assim, o Brasil busca mais voz nas decisões.
No entanto, fontes admitem que o tarifaço dos EUA amplia a incerteza. Portanto, nada está descartado no curto prazo.
Próximos passos do governo
O Planalto reforça a coordenação entre Fazenda, BC e Itamaraty. Além disso, a ordem é dialogar com bancos e infraestruturas de mercado.
Enquanto isso, Brasília mapeia alternativas operacionais para pagamentos externos. Assim, o país reduz a dependência de um único canal.
Por fim, o governo promete manter transparência com o setor. Portanto, novos comunicados sairão conforme a situação evoluir.