Risco reduzido

Taiwan reage a novas restrições da China e avalia impacto sobre indústria de chips

Governo da ilha afirma que medidas chinesas não afetam metais essenciais e minimiza riscos à produção de semicondutores.

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  • Taiwan afirmou que as novas restrições da China não afetam metais usados em chips.
  • Trump suspendeu ajuda militar de R$ 2,1 bilhões enquanto negocia com Pequim.
  • TSMC mantém produção estável, e o governo reforça acordos com EUA, Japão e Europa.

O governo de Taiwan informou neste domingo (12) que ainda avalia o impacto das novas restrições impostas pela China às exportações de terras raras. A administração local afirmou, porém, que não prevê danos relevantes à indústria de semicondutores.

Segundo o Ministério da Economia, os elementos incluídos nas medidas diferem dos utilizados na fabricação de chips, reduzindo o risco de desabastecimento e assegurando a continuidade da produção tecnológica.

Medidas chinesas e efeitos esperados

Na última quinta-feira (9), a China ampliou o controle sobre exportações de terras raras, adicionando cinco elementos à lista de restrição e exigindo avaliações extras para compradores estrangeiros. A decisão ocorre às vésperas de novas conversas entre Donald Trump e Xi Jinping, previstas para as próximas semanas.

De acordo com o Ministério da Economia de Taiwan, as proibições não envolvem metais essenciais à produção de semicondutores, o que garante estabilidade no fornecimento industrial. A pasta ressaltou que a maioria dos insumos vem de EUA, Japão e Europa, o que limita a dependência de Pequim.

Com isso, o governo acredita que o impacto direto será mínimo e que a produção nacional seguirá inalterada, inclusive nas empresas que atuam em larga escala global.

Reação do governo e cenário político

Em comunicado, Taiwan declarou que acompanha de perto os desdobramentos das restrições e que está pronta para agir, caso surjam efeitos colaterais. A autoridade reafirmou seu compromisso com a diversificação de fornecedores e a resiliência da cadeia produtiva.

Paralelamente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu um pacote de ajuda militar de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) à ilha. A decisão, segundo o Washington Post, faz parte de uma estratégia de aproximação com Pequim.

Taiwan preferiu não comentar a suspensão, mas reafirmou a parceria estratégica com os EUA, destacando que continuará investindo em autodefesa e segurança regional.

Chips e disputas globais

O setor de semicondutores segue como ponto central da disputa entre China, EUA e Taiwan. A TSMC, maior fabricante de chips do mundo, produz componentes usados em tecnologias de ponta, como inteligência artificial e computação avançada.

Por esse motivo, qualquer movimento chinês sobre exportações é visto com atenção pelo mercado internacional. Ainda assim, a ilha mantém produção estável e previsão de expansão para os próximos trimestres.

Enquanto as negociações entre Trump e Xi avançam, Taiwan reforça laços comerciais com aliados e busca garantir autonomia tecnológica frente ao controle chinês sobre insumos estratégicos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.