
- Tebet defende justiça tributária e estabilidade fiscal
- Governo descarta ampliar taxação de dividendos em 2026
- Nova faixa de isenção do IR beneficia 15 milhões de contribuintes
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o governo não pretende elevar a taxação sobre dividendos em 2026. Ela avaliou que a nova política do Imposto de Renda já entrega um benefício direto à classe média, sem pressionar a arrecadação.
Tebet declarou que a isenção para quem recebe até R$ 5 mil cumpre uma promessa do presidente Lula. Segundo ela, a equipe econômica trabalha com estabilidade fiscal e não vê espaço, nem necessidade, para aumentar a carga tributária.
Setor descarta mudança na taxação
A ministra explicou que a decisão de manter a regra atual sobre dividendos reflete o cenário fiscal previsto para o próximo ano. Dessa forma, ela afastou qualquer proposta que eleve a cobrança sobre quem recebe acima de R$ 50 mil mensais. Tebet acrescentou que, apenas em situações excepcionais, como crises internacionais, esse debate pode voltar ao centro do governo.
Além disso, a ministra argumentou que a política de dividendos segue padrões observados em outros países. Portanto, o governo pretende priorizar estabilidade e previsibilidade para investidores. Ela reforçou que o país não deve enfrentar surpresas fiscais relevantes em 2026.
A fala de Tebet também buscou acalmar o mercado financeiro. Ela afirmou que a decisão reduz incertezas e mantém o ambiente favorável ao capital estrangeiro, especialmente após o movimento de queda dos juros nos Estados Unidos.
Impacto da nova faixa de isenção
A ministra afirmou que o governo levou três anos para criar espaço fiscal que permitisse ampliar a isenção do IR. Segundo Tebet, cerca de 15 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova tabela. Em contrapartida, apenas 140 mil contribuintes passarão a pagar imposto para manter a neutralidade tributária.
Ela destacou que a mudança oferece um alívio importante para famílias de renda média, que enfrentam o impacto contínuo da inflação e dos juros altos. Tebet enfatizou que a medida melhora a distribuição de renda e reforça a ideia de justiça tributária. Assim, o governo sustenta que a política não gera desequilíbrio no orçamento.
Por outro lado, especialistas têm cobrado ajustes mais amplos na tabela. Entretanto, Tebet avaliou que futuras alterações dependerão de novos candidatos à Presidência. Para ela, qualquer correção precisa de fontes claras de compensação fiscal.
Classificação das políticas sociais
Tebet apontou que o aumento real do salário mínimo e a nova faixa de isenção do IR estão entre as principais iniciativas de redução da desigualdade. Segundo ela, essas medidas ampliam o ganho real da renda familiar e fortalecem a base de consumo do país.
A ministra defendeu que o conjunto das ações forma uma estratégia coerente de reequilíbrio social. Assim, o governo busca entregar resultados sem ampliar a carga tributária de forma desordenada. Ela também ressaltou que a previsibilidade fiscal ajuda a atrair investimentos.
Por fim, Tebet afirmou que a continuidade das políticas exigirá responsabilidade das próximas administrações. Segundo ela, qualquer promessa futura precisa vir acompanhada de cálculos sólidos e transparência sobre o impacto fiscal.