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A trajetória de queda da Selic deve ser iniciada em setembro e não mais em agosto, de acordo com o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Os economistas revisaram a projeção traçada em dezembro do ano passado, dadas as incertezas quanto ao arcabouço fiscal e a sinalização do governo de alterar a meta da inflação. Foram ajustadas ainda as estimativas da taxa de juros no encerramento de 2023, de 11,5% para 12,5%.
O grupo também revisou a projeção de 2023 para a inflação, de 5%, apontada no relatório de dezembro, para 5,8%. Na avaliação do colegiado, os resultados recentes do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mostram acomodação dos preços, incluindo no setor de serviços.
A estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 foi reduzida de 0,90% para 0,75%. Para o grupo, os resultados do PIB no primeiro e no segundo trimestres devem ficar em 0,20% e 0,18%, respectivamente.
No cenário externo, os economistas apontaram percepção de melhora, sobretudo pelos resultados da inflação e do PIB nos Estados Unidos e da reabertura da economia chinesa após o lockdown imposto pela pandemia. Segundo o colegiado, esse panorama viabiliza perspectivas positivas de crescimento para o Brasil e demais países emergentes.
Foi mantida a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2023: R$ 5,30 (a mesma estimativa dos últimos quatro relatórios do grupo). Se concretizada, a taxa corresponderá a uma valorização de 5,3% do real no ano.
Confira o Relatório Macroeconômico da ANBIMA
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