Avaliação criteriosa

Bancos médios pagam mais em CDBs, mas exigem atenção: veja como investir com segurança

Os CDBs de bancos menores oferecem rentabilidade acima da média, mas pedem análise de risco, cobertura do FGC e estratégia de diversificação.

Dinheiro
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  • Avalie a saúde financeira do banco emissor antes de aplicar em CDBs de bancos médios e pequenos.
  • Verifique a cobertura do FGC e distribua o investimento entre diferentes instituições.
  • Compare rentabilidade e indexadores para equilibrar risco, liquidez e retorno.

A promessa de rentabilidade mais alta tem atraído muitos investidores para os CDBs de bancos médios e pequenos. No entanto, esses títulos exigem avaliação criteriosa para evitar riscos desnecessários e garantir que o retorno compense a exposição.

Segundo a Anbima, o volume aplicado em investimentos por pessoas físicas chegou a R$ 7,9 trilhões no primeiro semestre de 2025, com 60% alocados em renda fixa. O cenário de Selic elevada impulsiona a busca por alternativas mais rentáveis, mas nem sempre as taxas mais atrativas significam segurança.

Solidez da instituição financeira

Antes de investir, é essencial analisar a saúde financeira do banco emissor. Esse cuidado ajuda a entender se a instituição tem condições de honrar os pagamentos prometidos no CDB e se segue os padrões de solvência exigidos pelo mercado.

As agências de rating, como S&P, Moody’s e Fitch, são boas referências para medir o risco de crédito. Elas atribuem notas que refletem o nível de confiança e estabilidade da instituição. Quanto mais alta a nota, menor o risco de inadimplência.

O investidor também pode consultar o Banco Central, que mantém um portal com demonstrações financeiras e indicadores de capital de todas as instituições supervisionadas. Além disso, acompanhar notícias e relatórios de mercado ajuda a identificar eventuais alertas de deterioração financeira antes de aplicar recursos.

Garantia do FGC: proteção e limites

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é a principal rede de segurança da renda fixa bancária. Ele cobre até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira, em caso de falência ou intervenção do banco. Esse mecanismo oferece proteção relevante, mas exige atenção aos limites.

O investidor pode proteger até R$ 1 milhão a cada quatro anos, distribuindo aplicações entre diferentes bancos. Ou seja, ao investir R$ 250 mil em quatro emissores distintos, o valor total fica totalmente garantido pelo FGC.

A partir de 2026, as regras do fundo mudarão. O limite de cobertura passará a considerar o conglomerado financeiro, e não apenas o CNPJ individual de cada banco. Assim, aplicações em instituições do mesmo grupo deixarão de ter garantia integral, reforçando a importância da diversificação.

Rentabilidade e tipos de indexador

As taxas mais elevadas dos CDBs de bancos médios e pequenos são o grande atrativo, mas nem sempre indicam a melhor relação entre risco e retorno. Avaliar prazo, liquidez e indexador é crucial para evitar surpresas.

Nos CDBs pós-fixados, a rentabilidade acompanha o CDI, o que garante estabilidade quando a Selic está alta. Já os prefixados podem ser vantajosos quando há expectativa de queda nos juros, permitindo travar taxas mais elevadas por longos períodos. Também há os CDBs atrelados à inflação, que protegem o poder de compra.

Ao escolher o produto, o investidor deve observar prazo de vencimento, liquidez diária e tributação regressiva do IR. Assim, é possível equilibrar ganhos e riscos, garantindo que o retorno real compense a exposição ao emissor.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.