
- Seguro de vida deve crescer 10% em 2025, mas ainda é desconhecido por 80% dos brasileiros.
- Produto evolui e se consolida como solução de proteção patrimonial e sucessão.
- Avanço da tecnologia facilita contratação e amplia acesso ao seguro no Brasil.
O seguro de vida, antes visto como um custo desnecessário, agora integra cada vez mais o portfólio de quem busca proteção patrimonial. Especialistas destacam que o crescimento da demanda se deve a uma mudança de mentalidade. A pandemia serviu como alerta para a importância da segurança financeira e familiar.
De acordo com a CNseg, o setor de seguros deve crescer 10% em 2025. Mesmo assim, 80% dos brasileiros com mais de 18 anos ainda não têm seguro de vida. Esse dado reforça o potencial de expansão do mercado, especialmente entre quem deseja estruturar um planejamento financeiro completo.
Proteção deixa de ser custo e vira estratégia de longo prazo
A diretora da MAG Seguros, Larissa Althoff, afirma que o seguro de vida passou a ser incluído na conversa com os clientes. Segundo ela, os assessores de investimentos vêm contribuindo para essa nova percepção. Ao abordar o tema, mostram como o produto se encaixa em uma estratégia de proteção patrimonial.
Ela destaca que muitas apólices ainda são contratadas por empresas. No entanto, há uma oportunidade crescente entre pessoas físicas. Isso ocorre porque os produtos estão mais acessíveis e personalizáveis. Seja solteiro ou casado, com ou sem filhos, há opções adequadas a cada fase da vida.
Carlos Eduardo Biagioni, da Monte Bravo, reforça que o seguro é um investimento não financeiro. Ele não gera rentabilidade direta, mas garante estabilidade em momentos decisivos. Ao proteger a família, o patrimônio e a continuidade do plano financeiro, o seguro se torna indispensável.
Essa nova visão afasta o estigma de que o seguro é apenas um gasto. Com soluções mais flexíveis, o produto ganha espaço na rotina de quem pensa no futuro. E, ao contrário do que muitos imaginam, ele não está restrito a clientes milionários.
Solução eficaz para sucessão patrimonial
O seguro de vida também ganhou relevância como ferramenta de sucessão. Larissa lembra que apenas 15% das empresas familiares alcançam a terceira geração. Isso mostra como a transição de patrimônio é desafiadora. Nesse cenário, o seguro garante liquidez imediata e evita a venda forçada de bens.
A especialista destaca que a apólice pode auxiliar na preparação dos herdeiros. Ao oferecer recursos rápidos, ela evita desgastes financeiros e jurídicos. Assim, a família consegue manter o controle dos ativos e preservar o legado construído.
Leonardo Scherr, da CS4 XP, afirma que o seguro é ideal para clientes de alta renda. Contudo, o produto também pode atender famílias com diferentes perfis. Para ele, incluir proteção no portfólio é uma evolução natural da assessoria.
Ao pensar na sucessão, o cliente entende o valor da proteção. Porém, cabe ao assessor criar o senso de urgência e estimular a decisão. Essa atuação proativa diferencia o profissional e fortalece a relação com o cliente.
Tecnologia e mudança de comportamento impulsionam adesão
A digitalização do setor ajudou a acelerar a contratação de seguros. Larissa aponta que as apólices hoje podem ser emitidas online, com rapidez e segurança. Esse avanço facilita o processo, amplia o alcance e reduz barreiras de entrada.
Carlos Eduardo observa que a tecnologia tornou o seguro mais acessível. Agora, a burocracia diminuiu e o cliente consegue concluir a contratação em poucos minutos. Isso permite que mais pessoas explorem os benefícios da proteção.
Leonardo acredita que a inteligência artificial será o próximo passo. Ela deve automatizar o preenchimento da DPS, documento exigido pelas seguradoras. Essa inovação tende a aumentar a eficiência e melhorar a experiência do usuário.
Mesmo com esses avanços, o fator humano continua essencial. Segundo Leonardo, o assessor precisa apresentar a proposta e permitir que o cliente tome a decisão. “O seguro pode não ser para todos, mas todos precisam conhecê-lo”, conclui.