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A Eletrobras anunciou a aprovação da captação de até R$ 10,9 bilhões em novos recursos financeiros. A estratégia envolve três principais iniciativas.
Na quarta-feira (05), a Eletrobras anunciou em fato relevante, a aprovação da captação de até R$ 10,9 bilhões em novos recursos financeiros. A estratégia envolve 03 principais iniciativas, que são elas:
- A contratação, pela Companhia, de captação de recursos financeiros no exterior junto ao Citibank, com valor de principal de até R$ 4 bilhões, ou o seu equivalente em outras moedas, com prazo total de até 2 anos contados da data do desembolso de recursos.
- A realização da 2ª emissão de notas comerciais escriturais, em série única, da Companhia, no valor total de R$ 2 bilhões, as quais serão objeto de distribuição pública, sob o rito de registro automático de distribuição, destinada exclusivamente a investidores profissionais, sob o regime de garantia firme de colocação, com vencimento em 15 de junho de 2026.
- A realização pela controlada Companhia Hidro Elétrica do São Francisco da 3ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, em série única, no valor total de R$ 4,9 bilhões, as quais serão objeto de distribuição pública, sob o rito de registro automático, destinadas exclusivamente a investidores profissionais, com vencimento em 15 de junho de 2031.
Em relação à oferta da Eletrobras, a companhia esclareceu que as notas comerciais escriturais terão prazo de 730 dias corridos contados a partir da data de emissão, vencendo-se, portanto, em 15 de junho de 2026. A remuneração das notas comerciais escriturais contempla juros remuneratórios correspondentes a 100% da variação acumulada das taxas médias diárias dos DI – Depósitos Interfinanceiros de um dia, “over extra-grupo”, expressas na forma percentual ao ano, calculadas e divulgadas diariamente pela B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, base 252 dias úteis, acrescida exponencialmente do spread ou sobretaxa equivalente a 0,75% ao ano.
De acordo com informações, pagamento efetivo da remuneração das notas comerciais escriturais será feito em parcelas semestrais e consecutivas, sendo o primeiro pagamento em 15 de dezembro de 2024 e o último na data de vencimento, em 15 de junho de 2026, ressalvadas as hipóteses de resgate antecipado e liquidação antecipada previstas no respectivo termo de emissão.
Sobre a oferta da CHESF
A Eletrobras destacou que, no âmbito da oferta da CHESF, assumirá o compromisso de fiadora e principal pagadora, com a renúncia expressa de determinados benefícios de ordem, direitos e faculdades de exoneração de qualquer natureza, sendo responsável pelo integral e pontual cumprimento de todas as obrigações principais e acessórias assumidas pela subsidiária.
As certidões das atas com as decisões do Conselho de Administração contemplando os principais termos e condições da captação de recursos financeiros, da oferta de notas comerciais escriturais e da oferta da CHESF, encontram-se arquivadas na sede da Companhia.
Eletrobras tem perspectiva negativa mantida pela Fitch
A Fitch Ratings afirmou a nota de crédito da Eletrobras (ELET3) em “AA” com perspectiva negativa.
A perspectiva negativa reflete a expectativa da Fitch de modesta geração sua geração de caixa adicional proveniente da venda de energia não contratada, mesmo com a recente melhoria nos preços.
De acordo com informações, a Fitch ainda destacou que, apesar das expectativas de melhores preços de energia e potenciais sinergias da privatização da Eletrobras, gastos decorrentes do processo de desestatização e um robusto plano de investimentos continuarão resultando em fluxo de caixa livre negativo.
“Os ratings da Eletrobras consideram sua significativa e diversificada base de ativos, o que dilui os riscos operacionais e regulatórios, e em suas projeções, o grupo apresentará um pico de alavancagem líquida ajustada em 2025, em torno de 5 vezes, o que é parcialmente compensado pela forte liquidez e pelo administrável cronograma de vencimento da dívida, explicou a Fitch.
Para 2024, espera-se que o fluxo de caixa operacional alcance R$ 5,7 bilhões, aumentando para R$ 6,3 bilhões em 2025.
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