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Com uma hiperinflação em aceleração, a Argentina enfrenta uma grave crise econômica e política, com desaceleração do PIB, aumento da pobreza, altas taxações e dependência de subsídios do governo.
Consultorias preveem queda de 3% no PIB neste ano, e a falta de dólares no país aumenta a pressão sobre o câmbio e a inflação.
Argentina enfrenta grave crise econômica e política com hiperinflação em aceleração
A Argentina passa por uma grave crise econômica e política, com uma hiperinflação em aceleração que tem deixado a população cada vez mais preocupada. Nos últimos anos, o país passou a imprimir pesos para se financiar, o que levou a contratação de casas da moeda no Brasil e na Espanha. A impressão excessiva de moeda foi tanta que os bancos tiveram que ampliar suas áreas de armazenamento de notas e adquirir novos cofres.
Dados alarmantes revelam a realidade do país: no último ano, os preços subiram 102,5%, a maior taxa desde 1991. O país enfrenta a maior seca em 60 anos, o que deve reduzir em até US$ 25 bilhões as exportações da safra 2022-2023, uma queda de 48% em relação ao ciclo anterior. Além disso, 43,1% dos argentinos estão abaixo da linha da pobreza, o que corresponde a 19,8 milhões de pessoas, e 45% da população depende dos subsídios do governo.
Consultorias preveem uma queda de 3% no PIB neste ano, e dados oficiais do último trimestre de 2022 mostraram desaceleração de -1,5% em relação ao trimestre anterior. Com menos dólares entrando, aumenta a pressão sobre o câmbio e a inflação, num país em que economistas estimam que as reservas internacionais estejam negativas.
Para financiar as políticas sociais de subsídios, a taxação do governo argentino sobre a produção agropecuária (maior fonte de dólares) está entre as mais altas do mundo, e há imposto sobre exportações com alíquotas de até 35%. Mesmo com a constante de resultados ruins, nos últimos dez anos, o funcionalismo público nas três esferas de governo aumentou de 2,7 milhões para 3,4 milhões, um crescimento de 17,4 pontos percentuais a mais que sua população, segundo o Instituto Argentino de Análise Fiscal.
Perspectivas futuras para a economia argentina são incertas
A economia argentina enfrenta uma situação preocupante, com uma hiperinflação em aceleração, queda do PIB, aumento da pobreza e altas taxações.
As perspectivas futuras para o país são incertas, e consultorias preveem uma queda de 3% no PIB neste ano. Com menos dólares entrando, aumenta a pressão sobre o câmbio e a inflação, o que torna a recuperação da economia ainda mais difícil.
Além disso, a dependência de subsídios do governo e as altas taxações sobre a produção agropecuária, que é a maior fonte de dólares do país, são fatores que contribuem para a incerteza na economia argentina.
O governo reluta em adotar medidas impopulares e urgentes para enfrentar a crise, o que pode agravar ainda mais a situação. Diante deste cenário, é necessário que o país tome medidas para equilibrar suas contas e buscar alternativas para retomar o crescimento econômico e reduzir a dependência de subsídios e impressão de moeda.
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