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- Madero renegocia condições da quarta emissão de debêntures, de R$ 160 milhões.
- Dessa forma, o prazo de vencimento aumentou em seis meses, passando de janeiro de 2022 para julho do mesmo ano.
Na semana passada a Madero concluiu a renegociação das condições de R$ 160 milhões em debêntures de sua quarta emissão. De acordo com a CVM, o Itaú BBA coordenou a operação e também “encarteirou” os papéis.
É claro que a pandemia trouxe um cenário difícil para a Madero, devido a essência de seu negócio. Dessa forma, a companhia não estava conseguindo cumprir seus compromissos (covenants) de emissão desde o final de 2020. Isto é, atas de reuniões com debenturistas mostram falhas de pagamentos, atrasos nas divulgações de informações, etc.
Contudo, numa reunião de uma semana atrás, a empresa ganhou mais tempo pra se equilibrar. Portanto, a Madero conseguiu estender o prazo de vencimento das debêntures em seis meses, de janeiro para julho de 2022.
E o IPO da Madero, vem?
Após balanço do primeiro trimestre mostrar falta de garantias de renegociação de dívidas e riscos de fechamento, o fundador Junior Durski afirmou que a companhia segue com seus planos de expansão.
Portanto, os planos de IPO do Grupo Madero, continuam. Desde 2020 a companhia estuda a possibilidade de abrir capital na bolsa brasileira ou mesmo na de Nova York (NYSE). Contudo, a fala do empresário diverge da nota que o grupo publicou, que dizia:
“A liquidez disponível mais o caixa adicional esperado, gerado pelas operações, não será suficiente para pagar o total de obrigações de dívida de curto prazo antes ou na data de vencimento sem financiamento adicional.”
Para entender a situação do grupo: a dívida total com bancos, fornecedores e tributos somava R$ 2,4 bilhões. Desse valor, cerca de 31% (R$ 740,4 milhões) vencem em até um ano, e outros 19,2%, de um a dois anos.
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