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Em dia de eleição, entenda como ela afeta seus investimentos

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Neste domingo (02/10) acontece o tão esperado primeiro turno das eleições eleitorais. Enquanto muitos estavam ansiosos para a definição por ideologias políticas, investidores estavam a espera de definições para entender o rumo dos seus investimentos e do mercado. Deixando os resultados deste domingo de lado, você realmente sabe como o movimento político afeta o mundo dos investimentos?

Expectativa x Risco

O primeiro ponto para se entender como as decisões do Senado afetam a Bolsa de Valores, é saber que toda a economia brasileira é, na verdade, um ecossistema.

A Bolsa de Valores não é uma “entidade” que existe por si só e está vulnerável as principais movimentações da economia. No entanto, apesar de realmente ser um tema bastante complexo, é possível entender rapidamente as principais movimentações do mercado (pelo menos as mais importantes) ao entender a relação existente entre expectativa e risco.

Primeiramente, vamos dar “nomes aos bois” e conceituar estes termos em uma visão de mercado. O ponto principal e que rege o sobe e desce da Bolsa de Valores é o risco. O risco, pode ser definido como um conjunto de ameaças que levam ao prejuízo e danos. Entre alguns dos riscos mais comuns da Bolsa de Valores, estão:

  • Alta do dólar;
  • Alta da taxa de juros;
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Assim, estes dois indicadores, apesar de simples, podem ser vetores de um verdadeiro efeito dominó, e levar suas ações favoritas para o fundo do poço em um piscar de olhos.

A relação de expectativa e risco vive no ponto ideal, onde a expectativa de retornos vão superar os riscos, incentivando o investimento.

No entanto, como estamos falando especificamente dos problemas que os anos eleitorais causam na Bolsa, é preciso esclarecer a relação entre estes riscos e a política.

A relação Política x Risco

O principal ponto para entender como os rumores políticos vão afetar seus investimentos é manter uma frase sempre em mente:

“Como essa movimentação política pode afetar a taxa de juros e o valor do Dólar?”

Se você dominar as aplicabilidades dessa frase, vai reduzir infinitamente suas dores de cabeça com estes problemas.

No entanto, apesar de aparentemente também ser uma frase simples, você precisa manter os dois olhos abertos nestes conceitos. Afinal, precisa dominar os motivos que levam a mudança da taxa de juros e da cotação. Não irei entrar muito a fundo nestes conceitos, então vamos apenas destacar o que você como investidor precisa saber.

Taxa de juros

O primeiro ponto a se ficar de olho é a taxa de juros. A famosa Selic, como seu próprio nome sugere, rege as taxas sobre os juros gerais da economia. Ou seja, é o custo básico de capital para as principais modalidades da economia. Neste sentido, você só precisa entender o seguinte: quanto maior a taxa de juros, mais caro é para investir.

No entanto, para entender a relação da taxa com a política, você precisa aplicar nela o conceito de risco. Imagine o seguinte cenário: Você empresta uma quantia para dois amigos, o primeiro é confiável e costuma te pagar sempre dentro do prazo. Já o segundo, já te deixou algumas vezes na mão, e ainda está te devendo uma quantia de um empréstimo anterior.

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Você provavelmente vai oferecer diferentes opções para estes amigos e vai cobrar uma taxa juros maior do segundo, certo?

A alta de juros, é um mecanismo para se proteger do risco de “sofrer um calote”. Quanto maior o risco, maior o juros.

Essa relação é universal na economia mundial, e explica muito bem a relação entre política e os juros da economia.

Neste sentido, medidas políticas que aumentem o risco de investir no Brasil (como a extrapolação do teto de gastos em 2021) aumentam as taxas de juros, e tiram o brilho da bolsa de valores.

Dólar

O risco também afeta outro mecanismo crucial da economia: a taxa de câmbio. A cotação do Dólar vai muito além de suas comprinhas em aplicativos como Shopee e AliExpress. Afinal, a taxa de câmbio é o que fala para todos os países do mundo se a economia brasileira é forte ou não. O valor do Dólar varia de quanto da moeda americana temos aqui nos Brasil. Afinal, não é o banco central brasileiro que “imprime” esta moeda. Por isso, dependemos de investimentos do exterior.

A taxa é medida principalmente na relação entre importações x exportações. Ou seja, o valor de investimentos estrangeiros aqui no Brasil. Neste sentido, agora que você sabe a relação entre juros e risco, já deve ter desenhado o cenário:

Uma economia de alto risco precisa ter uma maior rentabilidade para valer o investimento, e o mercado internacional leva isto a sério.

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Por isso, quanto maior o risco, menor o número de investimentos aqui no Brasil e maior o valor do Dólar. Além disso, esta relação é uma das grandes vilãs pela alta dos juros, que sobem para compensar o risco.

O ano eleitoral

Dentro deste contexto, um ano eleitoral é o pior cenário possível para os investimentos. Afinal, o risco político bate suas margens máximas. Pois, até uma definição do novo presidente e de suas estratégias de gestão da economia, é praticamente impossível prever os rumos do mercado. Elevando o risco geral do país, e tirando o brilho dos investidores brasileiros e internacionais nos investimentos.

No entanto, nem sempre essa queda é algo ruim. Alguns analistas apontam este ponto do ciclo como bons momentos de entrada na bolsa de valores. Afinal, os riscos e rumores, não afetam (teoricamente) os indicadores operacionais de algumas companhias, que se tornam grandes oportunidades de investimento!

Aqui no Guia do Investidor temos uma série de carteiras ideais para surfar nessa brecha! Portanto, não deixe de clicar aqui para conferir!


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