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O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa voltou a fechar em alta nesta sexta-feira após uma semana marcada pela aversão ao risco e apreensão do mercado. O índice paulista recupera parte das perdas, e fecha em alta de 2,26%, aos 112.253,49 pontos, após oscilar entre 109.408,10 e 113.009,62.
Na semana, no entanto, o indicador não reverte as perdas:
Dólar
A Sexta-Feira foi de correção moderada no dólar, com a moeda devolvendo parte da forte alta de ontem, apoiado na melhora do ambiente doméstico, na alta das commodities e na queda da divisa frente aos pares no exterior.
A moeda chegou a furar os R$ 5,30, buscando mínima em R$ 5,24 com a declaração de Campos Neto, de que é preciso “ter um olho para o social e também um olho no equilíbrio fiscal”.
Diante da pressão do mercado, o novo governo deixou para semana que vem a apresentação da PEC de transição. Houve também uma mudança de tom dos membros da equipe de transição.
A retirada do bolsa família do teto de gastos, que seria “para sempre”, agora só deve durar 4 anos para evitar resistências ao texto da PEC no Congresso, declarou Wellington Dias. Lá fora, a notícia de relaxamento pela China das medidas contra a covid-19 deu fôlego às commodities, o que favorece o real.
O dólar seguiu em forte queda frente aos pares, ainda sob efeito da inflação nos EUA menor do que o esperado, com apostas para um Fed menos agressivo em dezembro. O dólar à vista fechou em baixa de 1,17%, a R$ 5,3337, depois de oscilar entre R$ 5,2495 e R$ 5,4058. Na semana, porém, a moeda acumulou alta de 5,36%.
Os destaques da Bolsa
As cotações do petróleo fecharam a 6ªF com alta forte, influenciada pelo relaxamento das restrições anticovid na China, apesar de o número de casos no país estar aumentando.
A queda expressiva do dólar, que beneficia as commodities, também ajudou. Na semana, contudo, os preços do óleo bruto tiveram saldo bem negativo, também por causa da China.
O aumento dos casos em várias regiões do país levou os investidores a esperar um endurecimento das restrições, e não um relaxamento como se viu hoje. Outro fator negativo na semana foi o inesperado aumento dos estoques de petróleo nos EUA, de 3,9 milhões de barris, contra uma expectativa de -200 mil. No fechamento, o contrato Brent para janeiro subiu 2,42%, a US$ 95,99 por barril, na ICE. Na semana, caiu 2,62%. O WTI para dezembro avançou 2,88%, a US$ 88,96 por barril, na Nymex. Na semana, caiu 3,94%.
A movimentação favoreceu as ações de Petróleo:
A sinalização da China de aumentar a flexibilização de sua política de “covid zero” impulsiona os papéis de empresas ligadas ao minério de ferro nesta segunda etapa do pregão. Em destaque, as ações da Vale (VALE) lideram as altas do setor, em alta de 10%:
As quedas da bolsa
Por outro lado, as Varejistas se destacam entre as maiores perdas após reportarem prejuízo no 3TRI.
Varejistas que reportaram prejuízo em seus balanços do 3TRI se destacam entre as maiores perdas do Ibovespa na sessão desta 6ªF. Na liderança do ranking, Magazine Luiza (MGLU3) desvalorizava 12,81%, a R$ 3,47. O grupo teve prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões no trimestre, revertendo um lucro de R$ 143,5 milhões de um ano antes. Também na lista negativa, Via (VIIA3) perdia 4,65% (R$ 2,46). A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 203 milhões no 3TRI.
Já Americanas SA (AMER3) apagou os ganhos da manhã e recuava 2,06%, a R$ 12,38. A empresa saiu de um lucro de R$ 241 milhões no 3TRI21 para prejuízo líquido de R$ 212 milhões no mesmo período deste ano.
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