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Mirelis Diaz Zerpa, esposa do ‘Faraó dos Bitcoins’, é presa pela PF dos EUA após dois anos e meio foragida.
A esposa do conhecido “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, foi presa em uma operação conjunta da Polícia Federal dos Estados Unidos, U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e Serviço Secreto dos EUA. Mirelis Diaz Zerpa, que estava foragida há dois anos e meio, foi encontrada em Chicago.
As autoridades brasileiras emitiram um mandado de prisão contra Mirelis, acusando-a de envolvimento em crimes relacionados ao Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Segundo a PF, Mirelis estava em situação irregular nos EUA.
A GAS Consultoria Bitcoin, empresa do casal, estava sob investigação devido a alegações de operar um esquema de pirâmide financeira que movimentou cerca de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021.
Mirelis alegou que sua prisão se deveu a uma irregularidade em seu visto de permanência nos Estados Unidos, defendendo-se das acusações relacionadas às atividades da GAS Consultoria.
O caso do “Faraó dos Bitcoins” ganhou notoriedade devido à promessa de lucros em investimentos em criptomoedas, que, segundo investigações, eram pagos com o dinheiro de novos investidores, caracterizando um esquema de pirâmide financeira. A CVM aplicou multas milionárias tanto a Glaidson quanto a Mirelis, proibindo-os de atuar no mercado de valores mobiliários brasileiro por oito anos e meio.
A prisão de Mirelis marca mais um capítulo nesse caso de alto perfil envolvendo criptomoedas e crimes financeiros.
Esposa do líder de esquema de criptomoedas provoca a justiça e os investidores com postagem na Times Square
No ano passado, Mirelis desafiou a justiça e os investidores ao expor uma foto sua na Times Square. Enquanto os investidores que perderam suas economias sofriam e sofrem com as consequências do golpe, Mirelis parecia estar desfrutando do dinheiro obtido ilegalmente ao utilizar parte desses fundos para promover seu novo projeto.
Na ocasião, ela divulgou o lançamento de um álbum de músicas eletrônicas intitulado “Electric Kingdom”. No entanto, o trabalho recebeu críticas negativas, sendo descrito como uma cacofonia irritante que mais se assemelha a um ruído indistinguível do que a uma composição musical bem pensada.
A postagem de Mirelis na Times Square, um dos pontos mais movimentados e famosos do mundo, é vista como uma provocação às autoridades e aos investidores lesados. Enquanto a justiça brasileira buscava fortalecer as cooperações internacionais para trazer os criminosos à justiça, Mirelis conseguiu fugir para Miami, nos Estados Unidos, onde permaneceu foragida.
Faraó dos Bitcoins é transferido para presídio de segurança máxima no Paraná
No início do ano passado, o Faraó dos Bitcoins foi transferido para um presídio de segurança máxima no Paraná.
O destino final foi o presídio Federal em Catanduvas, onde ele seguirá preso. A transferência foi feita a pedido de um juiz da 1.ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, especializada em casos de Organização Criminosa, há um mês.
Após analisar a requisição, outro juiz federal do Paraná concordou com o pedido para receber Glaidson.
De acordo com as informações disponíveis, o Faraó dos Bitcoins deixou Bangu 1 no dia 25 de janeiro.
Ele estava cumprindo pena no presídio de segurança máxima do Rio de Janeiro desde 2022, após mais informações sobre seus envolvimentos com crimes serem reveladas pela justiça federal.
Antes de sair de Bangu 1, Glaidson passou pelo Instituto Médico Legal para realizar exames de Corpo de Delito.
O faraó também foi convocado para falar na CPI das Pirâmides Financeiras no ano passado. Em depoimento, Faraó do Bitcoin negou operar pirâmide e é chamado de Madoff tupiniquim.
Depoimento foi feito por videoconferência da penitenciária de Catanduvas (PR), onde está preso por fraude financeira.
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