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Finanças em casal: Como se organizar financeiramente vivendo a dois

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Uma dúvida comum em muitos relacionamentos é de que forma administrar os recursos financeiros quando se vive com um parceiro(a). Em pesquisa realizada pela fintech Onze, 31% dos casais revelaram que não realizam nenhum controle de suas finanças. Apenas 35% dos entrevistados disseram que possuem a dinâmica de gerenciar os gastos em conjunto.

Em um mundo onde o dinheiro desempenha um papel fundamental em nossas vidas, a harmonia financeira pode fortalecer ou enfraquecer um relacionamento. Daniella Rolim, especialista em finanças pessoais e educação financeira, fundadora da Flap Capital, revela a mentalidade que é preciso ter para navegar a dois neste importante aspecto da relação.

“Um ponto base a ser ressaltado, é que a partir do momento em que se entrou no casamento, o ideal é que não exista mais a divisão entre dinheiro de um ou do outro, ele passa a ser dos dois. Porque se há salários discrepantes entre o casal, por exemplo, um recebendo 10 mil mensais e o outro 3 mil, não seria justo dividir as contas da casa de forma igualitária, porque isso pesaria no orçamento de um dos membros, e acabaria criando uma diferença de classe social dentro de casa”, alerta Daniella.

Ao enxergar o dinheiro desta forma, a especialista recomenda que para iniciar a organização financeira, ambos sentem juntos e definam os gastos fixos mensais do casal, como as contas com a moradia e a reserva que será separada para realização dos sonhos da família. “Pode ser uma viagem para o exterior, a compra de um carro ou a chegada de um bebê. Eles devem ser decididos em conjunto e a partir daí traçar objetivos e metas para a concretização de cada um dos sonhos. O ideal é sempre dividi-los em três tipos, curto, médio e longo prazo, para terem um gatilho mental constante de realização, que ajuda a manter o casal motivado e disciplinado no propósito de poupar para viabilizá-los”, explica a especialista.

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Existem alguns pontos que são fundamentais para ajudar os parceiros a se organizarem e criarem uma dinâmica financeira saudável no relacionamento, Daniella Rolim expõe a seguir:

Comunicação Aberta: é crucial se comunicar de forma honesta e aberta sobre as finanças. Discutir metas, receitas, despesas e planos futuros, a fim de evitar conflitos financeiros por desalinhamento. Em casos de dívidas, é importante criar um ambiente seguro em que o parceiro(a) se sinta confortável para expô-las, já que, por serem consideradas algo negativo e sinônimo de uma má administração financeira, algumas pessoas não se sentem à vontade para compartilhá-las. Em uma relação a dois, é essencial que haja total transparência, garantindo que ambos estejam plenamente cientes da situação atual e possam, juntos, realizar um planejamento abrangente, levando em consideração todos os fatores que podem influenciar as finanças do casal.

Orçamento Conjunto: desenhar um planejamento a dois que reflita as metas e valores financeiros compartilhados, pode ajudar a evitar gastos excessivos e garantir que ambos estejam na mesma página. Se por acaso uma das pessoas do casal tiver mais controle financeiro e facilidade de organização, essa tarefa pode ser puxada por ela e convidar em seguida o parceiro(a) para participar, a fim de gerar o interesse dele(a) e trabalhar a mentalidade a respeito. Caso ambos tenham essa habilidade de forma natural, é interessante estarem sempre abertos para as sugestões e ideias um do outro nas definições dos melhores caminhos.

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Respeito às diferenças: respeitar as diferenças financeiras e de visões de mundo entre os parceiros é fundamental. Nem sempre os casais têm a mesma abordagem em relação ao dinheiro, e isso é normal. O diálogo e o compromisso são essenciais para encontrar um equilíbrio. Durante a troca, vale entender quais são as limitações e desafios para cada um.

Contas Conjuntas vs. Contas Separadas: Os dois precisam explorar e por na balança as vantagens e desvantagens de contas conjuntas e contas separadas. A melhor abordagem pode variar de casal para casal, dependendo de suas circunstâncias individuais. A escolha ideal dependerá do nível de consciência financeira de cada um, garantindo que a decisão tomada seja compatível com o perfil dos dois. Sendo assim, analisar o nível de educação financeira de cada parceiro ajudará a determinar qual tipo de conta é mais apropriada.

“Com todos esses ponteiros alinhados, fica mais fácil traçarem caminhos e fazerem escolhas financeiras de forma consciente e estratégicas, pensando sempre na evolução do casal e objetivos compartilhados”, finaliza Daniella.

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