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Nesta quarta-feira, 18, a agência de risco Fitch Ratings reiterou o rating do Brasil em BB-, com uma perspectiva negativa.
De acordo com o documento da agência, a nota do Brasil permanece igual por ter uma economia diversificada e capaz de absorver choques externos, graças a sua taxa de câmbio variável.
Entretanto, há um enorme e crescente endividamento governamental, além de uma estrutura fiscal rígida e ainda um baixo potencial de crescimento econômico. Além disso, é claro um cenário político conturbado, que atrasa o processo de reformas fiscais e econômicas no País.
Quanto a perspectiva negativa, a Fitch afirma que a nota reflete:
“[…] a severa deterioração do déficit fiscal do Brasil e da carga da dívida pública durante 2020 e a incerteza persistente quanto às perspectivas de consolidação fiscal, incluindo a sustentabilidade do teto de gastos de 2016 dadas as contínuas pressões sobre os gastos”
Além disso, a agência pontua os “crescentes vencimentos da dívida interna de curto prazo”. Dessa forma, com isso, o Brasil se torna mais vulnerável a choques. Isso inclui mudança na confiança dos investidores domésticos, e também nas condições de financiamento.
Por fim, a Fitch diz esperar uma recuperação da economia brasileira a partir do ano que vem. Todavia, que a grande incerteza quanto aos desenvolvimentos políticos, somado a crescente contaminação global pela Covid-19, atrapalham.
Dessa forma, para a agência, o déficit do governo pode chegar a 16,7% do PIB – em 2019 era de 6%. Mas prevê que os mesmos serão controlados pelo cumprimento do teto de gastos.
“No entanto, a incerteza em torno da recuperação econômica (e das receitas fiscais) representa riscos para as projeções de déficit para 2021, uma vez que o governo não é obrigado a implementar medidas de compensação caso as receitas desapontem”
finaliza a Fitch.
Investimentos internacionais
Com um cenário político e fiscal cada vez mais difícil, e que também acaba pressionando mais nossa moeda, é interessante diversificar seus investimentos em moedas fortes.
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