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Apostas erradas no mercado acionário americano impuseram uma perda de quase 90% este ano a um fundo da gestora carioca TT Investimentos, que tem como um dos principais cotistas Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central).
A gestora foi fundada por dois sobrinhos do ex-presidente do BACEN, Antônio e Arthur Fraga Baer Bahia. Segundo players do mercado financeiro carioca, o “seed” para colocar o fundo de pé veio do próprio Armínio, que foi presidente do BC entre 1999 e 2003.
O fundo TT Global Equities, que chegou a ter patrimônio de mais de R$ 80 milhões no ano passado, praticamente derreteu nos últimos meses, resultando em um patrimônio de apenas R$ 9 milhões.
No ano, a perda acumulada é de 87%. Não estão claras as razões para o tombo, mas parece estar relacionada a uma participação “alavancada” na Clarus Corp, empresa americana que está por trás de uma série de marcas que vão de fabricantes de equipamentos de montanhismo a indústria de munição para metralhadoras.
Além disso, em um documento que circula pelas redes sociais, Arthur Fraga Bahia, informa as razões para a derrocada do fundo, justificando a estratégia de operação como um erro de gestão e colocando a culpa da liquidação no custodiante da operação.
O gestor também afirma no comunicado, que perdeu a maior parte de seu próprio patrimônio pessoal na empreitada. Confira o trecho abaixo:
Todavia, desde ontem, quando a notícia veio a público no mercado, circula uma suposta cópia do regulamento de um fundo espelho do TT Global Equities no Brasil que mostra que o fundo não poderia se alavancar ou ter exposição superior a 25% numa única ação.
De acordo com Arthur, a gestora provavelmente encerrará suas atividades.
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