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Classe de renda fixa teve a segunda maior captação mensal em 2024 e segue puxando o desempenho da indústria de fundos.
A indústria de fundos registrou captação líquida positiva de R$ 78,3 bilhões em julho, o melhor resultado mensal do ano, segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 278,3%. A captação líquida acumulada em 2024 é de R$ 249,5 bilhões.
A classe de renda fixa teve a segunda maior captação mensal em 2024, com entrada líquida de R$ 59,1 bilhões em julho, ante R$ 13,3 bilhões no mesmo período de 2023.
“Com a perspectiva de manutenção da Selic em 10,5% até o fim do ano, a tendência é que esse tipo de fundo continue atraindo um fluxo relevante de recursos e puxando o desempenho da indústria”, afirma Pedro Rudge, diretor da ANBIMA.
Dentre os fundos de renda fixa, os do tipo Renda Fixa Duração Baixa Grau de Investimento registraram a maior captação líquida, no total de R$ 15,4 bilhões. Esses fundos buscam retornos investindo em ativos com duration média ponderada da carteira inferior a 21 dias úteis e aplicam, no mínimo, 80% dos recursos em títulos públicos federais e ativos com baixo risco de crédito.
Depois dos fundos de renda fixa, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) tiveram o melhor resultado mensal, com entradas líquidas de R$ 43,9 bilhões em julho. Desse total, R$ 38,7 bilhões vieram de um FIDC do tipo Agro, Indústria e Comércio. Na sequência, os destaques foram os fundos de previdência e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com captações líquidas de, respectivamente, R$ 4 bilhões e R$ 2,2 bilhões.
A classe de multimercados continua registrando resgastes. Os saques atingiram R$ 25,4 bilhões em julho, ante saídas líquidas de R$ 3,2 bilhões no mesmo mês do ano passado. Os fundos do tipo Multimercados Livre (sem compromisso de concentração em uma estratégia específica) exibiram o pior resultado, com captação líquida negativa no total de R$ 12,4 bilhões.
Os resgates também superam os aportes na classe de ações. Esses fundos registraram captação líquida negativa de R$ 4,3 bilhões em julho, contra R$ 1,2 bilhão neste mesmo período de 2023. Os fundos de ações livre (que não precisam seguir uma estratégia específica) foram os que mais contribuíram para o resultado negativo, com saídas de R$ 2,2 bilhões no mês.
Os ETFs (Exchange Traded Fund) e os fundos cambiais igualmente registraram captação líquida negativa em julho, de R$ 772,8 milhões e R$ 332,5 milhões, respectivamente.
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