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O cenário de construção civil costuma ser demandado pelos investidores, e entre as maiores incorporadoras e construtoras do país, está a Gafisa (GFSA3). Confira sobre esta companhia que detém ampla fatia de mercado, e se vale a pena aderir a seus ativos.
Índice de conteúdo
Sobre a empresa
Criada em 1954, a Gafisa já passou por alguns formatos, tanto em atuação, quanto em gestão. Toda a trajetória trouxe seu foco de trabalho no desenvolvimento e na construção civil de empreendimentos residenciais e comerciais. Nesse sentido, cabe destacar o protagonismo da empresa quando se trata do segmento média-alta e alta classe (preço de venda unitário acima de R$ 300 mil).
Como citado, a empresa passou por movimentos adversos, e em virtude de sua evolução, desde 2012 conta com uma reestruturação. Acontece que a intenção foi reequilibrar o escopo geográfico de atividades, como destacado em seu site RI. Dessa forma, pensando nos mercados mais aquecidos, São Paulo e Rio de Janeiro, se tornaram as primeiras opções de mercado da incorporadora.
Em suma, no ano de 2017, houve a separação entre Gafisa, dona das ações GFSA3, e a construtora, ainda muito renomada, Tenda. As empresas seguem gigantes em sua atuação, mas com pouca concorrência entre si, visto que uma trabalha com média-alta e alta classe, enquanto outra se volta ao segmento baixa-renda.
Resultados recentes
A companhia do setor de construção, Gafisa (GFSA3), apurou um lucro líquido no total de R$ 28,9 milhões no resultado do 4T20. De acordo com os dados, este valor representa um decréscimo de 38% na relação comparativa com os R$ 47 milhões de igual período do ano anterior.
Além disso, a incorporadora desfruta de um crescimento de 399,2% na receita líquida, que terminou o último trimestre de 2020 com R$ 579,9 milhões.
Enquanto o Ebitda ajustado, que consiste no lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, este finalizou com R$ 128,6 milhões. Ou seja, no resultado do 4T20, a Gafisa regrediu o indicador em 16,5%. Entretanto, a queda forte mesmo foi apurada no acumulado do ano, sendo de 31%, de forma que 2020 somou R$ 147,4 milhões contra os R$ 213,9 milhões de 2019.
Graças aos três empreendimentos da companhia entre os meses de outubro e dezembro, o Valor Geral de Vendas (VGV) foi de R$ 71,4 milhões. Este resultado reflete uma disparada positiva de 215,3% na mesma base de comparação.
Desempenho da Gafisa e suas ações GFSA3 ao longo do tempo
Em 2008 a Gafisa abriu capital em bolsa com o ticker GFSA3, e está inserida no segmento Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3.
Apesar de ter iniciado muito bem, com boa adesão, e cotada a R$ 161,46, a incorporadora viu sua cotação oscilar. Sendo assim, após a estréia, os papéis avançaram por algum tempo, mas desde 2013 estão em queda, chegando aos atuais R$ 4,50. Observe abaixo o desempenho ao longo dos anos:
Certamente, quem participou de sua IPO e segurou os ativos, sofreu perdas. Entretanto, isso não impede que relevantes casas de análises e especialistas recomendem suas ações.
Vale a pena investir em Gafisa (GFSA3)?
De acordo com o novo relatório da Nord Research, existem alguns riscos para esta companhia. A atenção deve se voltar desde ao aumento nos níveis de desemprego, o que afeta o consumo à inadimplência, até a retração da atividade econômica, e a oscilação da taxa de juros.
A casa de análise ainda afirma que a empresa está passando por mudanças, e se encontra em uma nova etapa muito positiva. Como visto acima, o desempenho trimestral da Gafisa avança, o que pode afetar suas ações (GFSA3).
Em suma, a Nord aponta que o cenário macroeconômico tem relevância na análise da construtora, visto que impacta sua atuação diretamente. Entretanto, o que realmente conta são os indicadores, que estão competitivos e, em certo ponto, mais atraente do que apresentam as concorrentes. Por isso, a recomendação para estes ativos é de compra, com o preço-teto de R$ 5,50.
Por fim, este artigo não figura recomendações de compra ou venda, e existe com a finalidade de auxiliar no processo de aprendizado dos leitores.
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