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- A Gol (GOLL4) divulgou seu relatório de resultados na última quarta-feira (14)
- Dessa forma, revelando um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,05 bilhão no segundo trimestre de 2024
- Assim, uma reviravolta em relação ao lucro de R$ 416 milhões registrado no mesmo período do ano anterior
A Gol (GOLL4) divulgou seu relatório de resultados na última quarta-feira (14). Dessa forma, revelando um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,05 bilhão no segundo trimestre de 2024. Assim, uma reviravolta em relação ao lucro de R$ 416 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Este resultado negativo surpreendeu o mercado, uma vez que analistas projetavam perdas de aproximadamente R$ 652 milhões. Isto, conforme pesquisa realizada pela LSEG.
Ao desconsiderar os ajustes, a companhia aérea registrou um prejuízo ainda maior. Este, totalizando R$ 3,91 bilhões, revertendo também um lucro de R$ 556 milhões no segundo trimestre de 2023. Essa situação evidencia os desafios enfrentados pela Gol. Esta, que está passando por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
O desempenho operacional da empresa, medido pelo Ebitda recorrente, somou R$ 745 milhões no trimestre encerrado em junho. Esse valor representa uma queda de 21,3% em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo as dificuldades do setor aéreo em meio a um ambiente econômico desafiador.
Além disso, a Gol encerrou o mês de junho com uma dívida líquida de R$ 25,85 bilhões, um aumento de 26% em relação ao ano anterior. A relação entre a dívida líquida ajustada e o Ebitda ficou em 5,1 vezes, comparada a 5 vezes no mesmo período do ano passado, indicando uma pressão financeira crescente.
Esses resultados ressaltam a necessidade de a Gol continuar implementando medidas eficazes para recuperar sua estabilidade financeira e operacional enquanto navega pelos desafios do setor.
A empresa
A Gol Linhas Aéreas Inteligentes, conhecida como Gol, é uma das principais companhias aéreas do Brasil, fundada em 2001. A empresa se destacou por introduzir um modelo de negócios de baixo custo no setor aéreo brasileiro, oferecendo passagens a preços competitivos e operando em uma extensa malha de voos que cobre tanto destinos nacionais quanto internacionais.
A Gol opera principalmente voos de passageiros, mas também oferece serviços de carga por meio de sua subsidiária, a GolLog. A companhia é reconhecida por sua frota moderna e por implementar práticas que visam a eficiência operacional e a redução de custos.
Com sede em São Paulo, a Gol tem se esforçado para manter uma boa experiência do cliente, oferecendo opções de serviços a bordo e programas de fidelidade. No entanto, a empresa também enfrentou desafios financeiros significativos, especialmente durante a pandemia de COVID-19, que afetou drasticamente o setor aéreo. Atualmente, a Gol está passando por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, buscando reestruturar suas operações e sua dívida para retornar à estabilidade financeira.
Cade investiga acordo entre Azul e Gol por violação antitruste
- A superintendência do CADE iniciou nesta segunda-feira (15), um procedimento visando investigar um ato de concentração
- Este, referente ao acordo de cooperação comercial entre Azul e Gol
- O acordo, contudo, permite que Azul e Gol compartilhem voos e vendam passagens conjuntamente em rotas selecionada
A Superintendência-Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) iniciou um procedimento nesta segunda-feira (15). Este, para investigar um ato de concentração (Apac) referente ao acordo de cooperação comercial entre as companhias aéreas Azul e Gol. O codeshare entre as duas empresas, anunciado em 23 de maio, suscitou questionamentos no órgão antitruste. Este, sobre a obrigatoriedade de notificação prévia ao Cade.
O acordo permite que Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) compartilhem voos e vendam passagens conjuntamente em rotas selecionadas. Dessa forma, visando otimizar recursos e expandir a oferta de destinos. A investigação da SG do Cade tem como objetivo avaliar se a parceria entre as duas empresas pode gerar efeitos anticompetitivos no mercado de aviação civil brasileiro.
O codeshare entre concorrentes diretos levanta questões sobre a concentração de mercado. Assim, especialmente em termos de preços, qualidade dos serviços oferecidos e escolha disponível para os consumidores. A decisão final dependerá da análise detalhada dos impactos econômicos e competitivos dessa colaboração, conforme estabelecido pelas normas brasileiras de defesa da concorrência.
O Cade tem o papel de garantir que operações de concentração empresarial não resultem em práticas que limitem a competição de forma prejudicial aos consumidores e ao mercado como um todo. O processo investigativo, no entanto, seguirá com a coleta de informações adicionais e a análise criteriosa dos dados apresentados pelas empresas envolvidas, buscando assegurar a conformidade com as leis antitruste vigentes no país.
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